Fila por exame e consulta cardiológica é de 10,3 mil em Campo Grande
Ministério Público a demora no atendimento e falta de materiais e insumos na Santa Casa e no Hospital Regional
A fila de espera por exames e consultas cardiológicas de baixa complexidade na rede pública de saúde de Campo Grande soma 10,3 pacientes. A maior demanda reprimida é referente aos pacientes que aguardam para realizar um eletrocardiograma chega a 5,4 mil pessoas, já a fila para realizar um ecocardiograma é de 2,4 mil pacientes. Na fila da cardiologia ainda tem 2,5 mil pacientes esperando por uma consulta.
Os números foram apresentados pela promotora de justiça, Filomena Fluminhan, durante a coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (27). Diante da demanda reprimida, a promotora instaurou um inquérito para investigar os serviços prestados pelos dois hospitais habilitados em Campo Grande, a Santa Casa e o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). Além de investigar a falta de medicamentos e insumos no Regional.
“Na cardiologia estamos investigando algumas especialidades, porque é muito complexa. Começamos a investigar ano passado quando o Regional começou a ter falta de insumos e medicamentos. E desmembramos esses inquéritos da cardiologia para investigar principalmente os serviços menos complexos que são mais fácies do município implementar no CEM (Centro de Especialidades Médicas), por exemplo. Com isso a gente vai avaliar se a Santa Casa está cumprindo a contratualização e se o município está disponibilizando”, detalhou.
Falta de insumos e medicamentos
Segundo o inquérito instaurado pela 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública, será investigado a falta de marca-passo para cirurgia cardíaca, stent convencional, pericárdio bovino, materiais de circulação extra-corpórea para procedimentos cirúrgicos aos pacientes atendidos no Serviço de Cardiologia do Regional.
“Nós já fizemos algumas reuniões com Regional e já conseguimos que o Hospital adotasse medidas urgentes dentro desse inquérito, inclusive para poder inclusive adquirir com licitações mais rápidas, isso estava faltando. Fizemos também reunião com o governador do estado em dezembro e janeiro”, detalhou o a promotora.