Flagrados com maconha no freezer são executados com diferença de 9 meses
O terceiro flagrado com 396 quilos de droga em 2017 aparece em operação do Gaeco queimando dinheiro
Presos em agosto de 2017 com 396 quilos de maconha num freezer e lado a lado em foto, Wellington Jackson Batista Bezerra e Emerson de Lima Furtuoso tiveram, com diferença de nove meses, o mesmo destino neste ano de 2020: foram executados em Campo Grande.
Na madrugada deste domingo (dia 25), Emerson, 32 anos, conhecido como Cabeçudo, morreu tentando fugir de atirador, na avenida Ernesto Geisel. Ele perdeu o controle da direção da caminhonete Ford F-250, caiu no Córrego Segredo, foi baleado com ao menos cinco tiros de pistola 9 mm (milímetros) e morreu no local. A caminhonete ficou cravada de tiros e projéteis foram localizados no asfalto, às margens do córrego.
Já Wellington Jackson foi executado na manhã de 8 de janeiro, no Conjunto Residencial Estrela do Sul. Conhecido como Pipo, ele foi alvo de nove tiros de pistola.
O atirador chegou a pé e sem camisa, abordou Wellington que seguia caminhando na via, e fez os disparos. Após o crime, o suspeito fugiu. As execuções não foram esclarecidas.
O flagrante por tráfico de drogas foi em 7 de agosto de 2017. A Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) apreendeu 396 quilos de maconha congelada em um freezer, numa casa do Jardim das Cerejeiras, na Capital.
Os presos disseram que a droga estava mofando, por isso decidiram congelar o entorpecente. Na ocasião, também foi preso Macksander Aparecido Ovando da Silva, conhecido como Gordinho.
Até maio deste ano, ele estava preso no Instituto Penal de Campo Grande. Macksander foi alvo da operação Piromania, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) contra a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Numa das fotos anexadas ao processo, ele aparece queimando dinheiro. Em 2008, foi alvo de tentativa de homicídio no Centro de Campo Grande.