Fogo se espalha rapidamente e deixa comunidade em pânico na Capital
Vizinhos fizeram uma corrente para ajudar a controlar fogo com baldes; bombeiros tentam apagar chamas
Incêndio atingiu a comunidade do Mandela na manhã desta quarta-feira (16), em Campo Grande, localizada na saída para Cuiabá. Equipes do Corpo de Bombeiros trabalham para evitar que as chamas se espalhem para o resto dos barracos que resistem no local. Em pânico, vizinhos fizeram uma corrente para ajudar a controlar as chamas e tentar apagá-las com baldes.
A fumaça preta pode ser vista a quilômetros dali, desde a Rua Bahia. Até o momento, foram usados um caminhão com 5 mil litros de água e um caminhão-pipa está no local, com capacidade para até 20 mil litros.
A causa do incêndio ainda não foi identificada, tampouco o número de casas atingidas. Segundo a moradora, Ana Lia Aparecida Dias de Souza, o local tem cerca de 187 barracos e 186 famílias.
Moradores se mobilizam para resgatar o pouco dos eletrodomésticos e pertences das pessoas que sobraram. De acordo com o tenente Alencar, quando a equipe chegou ao local, as chamas já estavam muito alta. A Polícia Militar teve de ser acionada para impedir que moradores entrassem nos barracos para tirar objetos.
Maria Eliza Martins mora há 8 anos na comunidade. A aposentada disse à reportagem que não sobrou muito para resgatar. "O pouco que eu tinha se foi, mas minha maior preocupação é que meus netos sumiram no meio da correria".
Relembre - O local foi atingido por incêndios em março desde ano. Na época, três barracos foram atingidos. Não é a primeira vez que a comunidade perde. Em fevereiro, a favela foi prejudicada por fortes chuvas, que causaram o desmoronamento de casas e um alerta da prefeitura para que famílias deixassem o lugar, com a promessa que teriam um conjunto habitacional. Moradores se recusaram a sair.
A proposta da gestão municipal era de retirar o grupo de ocupantes em área de risco até que todos sejam transferidos para os residenciais Mandela I, II e III, que serão construídos, a cerca de 2 quilômetros em linha reta, no fundo do Nova Lima. Lá, serão construídas 220 casas para receber as 186 famílias já cadastradas do Mandela e o excedente a outras pessoas na fila pela casa própria.
A expectativa era de que a entrega dos conjuntos começasse em 2024. Entretanto, até o momento, o imbróglio segue em ritmo lento, já que o lugar encolhido pela prefeitura tem que passar por supervisão ambiental, devido a estar próximo do córrego Segredo.
Enquanto a obra não inicia, a prefeitura prometeu auxílio financeiro de R$ 500 por 12 meses somente para as famílias residentes em área de risco.
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