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Capital

"Foi assustador", dizem vizinhos, após incêndio que destruiu oficina

Quatro carros foram destruídos pelo fogo, que foi controlado com 34 mil litros de água pelos bombeiros

Dayene Paz e Bruna Marques | 24/08/2021 08:21
Quatro carros estavam na funilaria da Vila Piratininga e ficaram destruídos. (Foto: Henrique Kawaminami)
Quatro carros estavam na funilaria da Vila Piratininga e ficaram destruídos. (Foto: Henrique Kawaminami)

No dia seguinte ao incêndio que destruiu uma funilaria em Campo Grande, a sensação é de preocupação, mas também de alívio. "Foi horrível, destruiu tudo, mas pelo menos, não tinha ninguém lá dentro, ninguém se feriu", diz a vizinha, Fátima Corrêa Reginaldo, de 46 anos. As chamas altas e estouros que mais pareciam tiros, assustaram os moradores da região, na noite desta segunda-feira (23). Quatro carros de clientes acabaram destruídos pelo fogo, que foi contido com 34 mil litros pelo Corpo de Bombeiros.

Fátima mora ao lado e é inquilina do dono da funilaria do Bairro Piratininga, há cinco anos. Lamentando os estragos, ela contou ao Campo Grande News, na manhã desta terça-feira (24), que estava dormindo no momento em que começou o incêndio. "Era por volta de 23h30 e a porta do meu quarto estava fechada, quando ouvi barulho de tiro. Levantei e ao abrir a porta, o fogo já estava alto, estava quase entrando na minha casa, quebrou a janela do quarto do meu filho", relembra.

Naquele momento, desesperada, Fátima correu para fora da residência. "Deus me livre, foi um desespero, nunca passei por isso na minha vida e não sei nem explicar o que senti. Não sabia se saía ou se ficava". Paredes do banheiro e de um quarto acabaram rachando com a intensidade do fogo e Fátima teve que dormir na casa de outra vizinha. "Não consegui dormir, porque o cheiro da fumaça é muito forte e então, dormi na minha vizinha", diz.

Ela lamenta as perdas do dono, mas também afirma que se sente aliviada por ninguém ter se ferido. "É uma sensação que não desejo para ninguém, não sobrou nada, queimou os quatro carros de clientes, mas pelo menos, não tinha ninguém dentro", afirma.

Na casa de Jovelina, paredes ficaram rachadas por causa do fogo. (Foto: Henrique Kawaminami)
Na casa de Jovelina, paredes ficaram rachadas por causa do fogo. (Foto: Henrique Kawaminami)

Jovelina Ferreira Farias, de 86 anos, também mora ao lado da oficina, na Rua Pasteur. Ela conta que nunca passou por situação parecida. "Na hora que deu o primeiro estouro, parecia que era dentro da minha casa, gritei meu neto e ele já estava correndo para chamar os bombeiros". Ela afirma que ficou assustada com as chamas altas. "Fiquei com medo, porque parecia que o fogo ia atingir minha casa, mas graças a Deus, não machucou ninguém".

Os estouros foram tão altos, que foram ouvidos de longe. Bruna da Silva, de 35 anos, mora há três quadras da oficina. "Achamos que era no transformador por causa dos estouros".

Outro vizinho Adão Rodrigues Martins, de 50 anos, afirma ter sentido a rua "tremer". "Deu dois estralos, que pareciam tiros. Estávamos deitados e quando levantamos, já estava explodindo, pegando fogo, chegou a tremer a rua. Só vi a vizinha do lado saindo correndo gritando", comenta Adão. Ele afirma que o fogo estava tão alto, que chegou a atingir um pé de manga. "Foi assustador, nunca vi um negócio tão feio assim. O rapaz perdeu tudo, tinha quatro carros de clientes e destruiu tudo", lamenta.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os trabalhos aconteceram durante a madrugada desta terça-feira (24). Foram utilizados 34 mil litros de água para conter o fogo.

Proprietário ainda contabiliza prejuízo. (Foto: Henrique Kawaminami)
Proprietário ainda contabiliza prejuízo. (Foto: Henrique Kawaminami)


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