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Capital

Funcionário diz que hotel não autorizou entrada de professores em lago

Luana Rodrigues | 08/11/2016 15:00
Lago de hotel em que professor morreu afogado (Foto: Reprodução/ Facebook)
Lago de hotel em que professor morreu afogado (Foto: Reprodução/ Facebook)

Um representante do Eco Hotel do Lago afirmou ao Campo Grande News que Jonas Lobato Vermieiro, 27 anos, não tinha autorização para entrar no lago, onde morreu afogado na tarde desta segunda-feira (07). Jonas participava de um curso no hotel, quando em um momento de lazer, decidiu fazer um passeio de caiaque e acabou morrendo afogado, depois que a embarcação tombou no lago.

Conforme Germano Ramos, responsável pela organização do curso que o professor partipava, um funcionário do hotelcontou que viu quando o rapaz e duas moças pegaram os caiaques e foram em direção ao rio. “Eles perguntaram se podiam fazer um passeio, e o recepcionista disse que achava que não e ainda os alertou sobre o perigo. Mas como a gerente do hotel não estava na recepção, os hóspedes acabaram seguindo em direção ao lago”, conta.

De acordo com Ramos, como os hóspedes estavam no hotel para um evento corporativo, não poderiam utilizar o lago. “Seguimos um procedimento de praxe. Quando a empresa ou órgão contrata o hotel para um evento, precisa deixar claro na ordem de serviço quais setores vai utilizar. Neste caso, eles tinham direito a piscina e todas as outras dependências do hotel, menos o lago”, disse.

É pela falta de autorização que o responsável justifica a ausência de um salva-vidas, próximo ao lago onde Jonas se afogou. “Se estivesse no contrato que haveria atividades no lago durante o curso, nós providenciaríamos o salva-vidas, mas isso não estava previsto. Nós não estamos falando de um balneário e sim de um hotel corporativo”, explica.

Ainda segundo Germano, Jonas e outras 44 professoras estavam no hotel para um curso de educação especial, por meio da Sed (Secretaria Estadual de Educação). Ele era o único homem na turma. O grupo havia feito check - in no domingo (058) e só deixaria o local na próxima sexta-feira (11), quando o curso terminasse.

“Nós vamos aguardar o inquérito ser finalizado, mas temos certeza que a verdade irá prevalecer. Neste momento estamos preocupados com a família. Uma situação como esta, é muito triste”, finalizou.

Perícia - Na tarde desta terça-feira (08), a Polícia Civil esteve no hotel para fazer uma perícia no lago onde ocorreu a morte.

Conforme o delegado responsável pelo caso, Jairo Mendes, do 5º DP, o caiaque em que Jonas estava foi encontrado numa região do lago com cerca de dois metros de profundidade.

O objetivo da polícia é encontrar indícios que comprovem a versão das testemunhas e indiquem as circunstâncias da morte.

Jonas Lobato Vermieiro, 27 anos era professor de matemática (Foto: Reprodução/ Facebook)
Jonas Lobato Vermieiro, 27 anos era professor de matemática (Foto: Reprodução/ Facebook)

Caso - Conforme a Polícia Civil, testemunhas relataram que o rapaz, junto com uma amiga, pegaram os equipamentos de navegação, sob autorização de um funcionário do hotel, e foram remar no lago.

Enquanto os dois remavam, Jonas caiu do caiaque. Como não sabia nadar, morreu afogado. A testemunha conta que tanto o equipamento dela quanto do amigo estavam com furos na parte de baixo, o que facilitou a entrada de água na embarcação.

A testemunha relatou ainda que quando percebeu que Jonas se afogava, jogou boias para o amigo, mas sem sucesso. À polícia, o homem negou que tenha dado autorização para às vítimas.

Equipe do Corpo de Bombeiros e mergulhadores foram acionados e fizeram o resgate do corpo. A vítima foi encontrada a dois metros de profundidade, próximo à margem e do caiaque.

O corpo de Jonas será velado em Dourados – a 233 quilômetros de Campo Grande – cidade onde mora a família dele.

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