Golpista usa nome de loja de roupas para tentar vender carro por R$ 45 mil
Dona de loja faz alerta para que pessoas não acreditem em anúncio publicado nas redes sociais
Dona de loja de roupas, em Campo Grande, a empresária Taylla Maite Dias, de 36 anos, alerta pra tentativa de golpe, na internet. Segundo ela, criminosos têm usado o nome do estabelecimento para dar credibilidade a falsos anúncios de venda de veículos.
“Um seguidor entrou em contato porque viu no Marketplace [ferramenta da rede social Facebook] um veículo Golf sendo vendido abaixo do preço. No perfil do whats, a pessoa possui o nome e endereço da minha loja e está registrado como conta comercial”, explica a proprietária da loja Brumai Multimarcas, localizada na Avenida Eduardo Elias Zahran, no Bairro São Lourenço.
O valor abaixo de mercado chamou atenção do cliente, que fez pesquisas sobre a loja e, ao perceber que o comércio realmente existe e está bem representado nas redes sociais, chegou a achar que o anúncio era verdadeiro. “Ele só percebeu quando pediu documentação e a pessoa não quis mandar”, conta Taylla.

De acordo com a publicação, o anunciante pedia R$ 50 mil pelo veículo, porém, em áudios compartilhados com o cliente em potencial, a mulher que afirma ser dona de loja na Capital e se apresenta como Ana Beatriz, afirma que poderia negociar o valor.
“Esse carro eu peguei em uma divida de um imóvel que eu vendi, peguei ele e o restante em dinheiro. O carro era do meu primo, então já conheço a procedência. Peguei pelo valor de 45 [mil], então o mínimo que eu aceitaria é 45”, diz.
A mulher menciona ainda, que o motivo para vender o carro é o interesse em reformar o comércio citado. “Eu só estou vendendo a um preço abaixo, porque como foi troca, eu ganhei um dinheiro a mais. Porque se eu for colocar essa carro no valor de tabela, eu vou demorar a vender e eu estou querendo fazer uns investimentos na minha loja, estou querendo abrir outra loja, então eu preciso desse valor, o mais rápido possível”, afirma a mulher, na tentativa de apressar o pagamento.
Desconfiado, o cliente conseguiu entrar em contato a proprietária por meio das redes sociais.
“A gente ficou passado, até o delegado falou que eles [os criminosos] inventam muita coisa, é pior que clonagem de WhatsApp, porque se alguém cair no golpe, até explicar que não é minha loja, que eu não tenho nada a ver, é complicado”, lembra Taylla.
Outra situação que chamou atenção da dona da loja, e do cliente, é que o anúncio indica que o carro estava sendo vendido na cidade de
A comerciante procurou à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, no Bairro Tiradentes, onde o caso foi registrado como falsidade ideológica, se o documento é particular.