Governo recebe representantes de pescadores e marca nova reunião sobre cota zero
Manifestantes estiveram no Parque dos Poderes nesta manhã para pedir mudanças no decreto
Comissão de representantes de pescadores que estiveram no Parque dos Poderes nesta manhã contra o decreto que estabelece cota zero para a pesca amadora em Mato Grosso do Sul no próximo ano foi recebida por dois secretários nesta terça-feira (12).
Segundo o que Campo Grande News apurou, uma nova conversa foi marcada para o dia 20 de dezembro, para que o assunto volte a ser discutido. Estiveram reunidos os secretários Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Eduardo Riedel, de Governo e Gestão Estratégica, deputados Renato Câmara (MDB) e José Almi (PT), além de representantes de pescadores amadores.
Para a advogada Etila Guedes, a reunião foi proveitosa. “Foi tranquila, com duração de uma hora e meia, e agora os secretários vão conversar com o governador e até o dia 20 de dezembro vão entrar em contato de novo para agendar uma nova reunião para ver o que de alteração poderá ser feita no decreto”, explicou.
Os pescadores disseram viver, principalmente, da venda de iscas e utensílios a quem pratica pesca amadora. Afirmaram terem vindo de cidades como Deodápolis, Miranda, Fátima do Sul e Ivinhema.
“A cota zero é uma realidade que eles vão ter que se adequar. Mas precisa chegar em um meio termo. Ter uma medida do peixe permitida e, assim, não afugentar o pescador amador que deseja levar uma amostra”, conclui Etila.
Decreto - O decreto estadual, batante debatido, regulamenta a atividade pesqueira no Estado e abre caminho para a instituição da cota zero a partir de 2020. O documento foi publicado em fevereiro. A nova regra tem entre suas principais alterações o aumento do número de espécies de peixes com tamanho mínimo autorizado para retirada dos rios, de 9 para 21.
Pensado para fortalecer o turismo e as políticas de proteção ao meio ambiente, o cota zero tem, entre os defensores, O CET (Conselho Estadual de Turismo), que solicitou em nota, a manutenção das regras que liberam, para pescadores amadores e esportivos, apenas o sistema pesque-e-solte.
O texto também tem entre as novidades a fixação de tamanho máximo para quatro espécies consideradas ameaçadas e reitera que, a partir do ano que vem, a pesca amadora e desportiva só poderá ser praticada nos rios do Estado no sistema “pesque e solte”.