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Capital

Governo recebe representantes de pescadores e marca nova reunião sobre cota zero

Manifestantes estiveram no Parque dos Poderes nesta manhã para pedir mudanças no decreto

Liniker Ribeiro e Maressa Mendonça | 12/11/2019 14:49
Representantes do Governo e de pescadores amadores durante reunião, nesta terça-feira (Foto: Maressa Mendonça)
Representantes do Governo e de pescadores amadores durante reunião, nesta terça-feira (Foto: Maressa Mendonça)

Comissão de representantes de pescadores que estiveram no Parque dos Poderes nesta manhã contra o decreto que estabelece cota zero para a pesca amadora em Mato Grosso do Sul no próximo ano foi recebida por dois secretários nesta terça-feira (12). 

Segundo o que Campo Grande News apurou, uma nova conversa foi marcada para o dia 20 de dezembro, para que o assunto volte a ser discutido. Estiveram reunidos os secretários Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Eduardo Riedel, de Governo e Gestão Estratégica, deputados Renato Câmara (MDB) e José Almi (PT), além de representantes de pescadores amadores.

Para a advogada Etila Guedes, a reunião foi proveitosa. “Foi tranquila, com duração de uma hora e meia, e agora os secretários vão conversar com o governador e até o dia 20 de dezembro vão entrar em contato de novo para agendar uma nova reunião para ver o que de alteração poderá ser feita no decreto”, explicou.

Os pescadores disseram viver, principalmente, da venda de iscas e utensílios a quem pratica pesca amadora. Afirmaram terem vindo de cidades como Deodápolis, Miranda, Fátima do Sul e Ivinhema.

“A cota zero é uma realidade que eles vão ter que se adequar. Mas precisa chegar em um meio termo. Ter uma medida do peixe permitida e, assim, não afugentar o pescador amador que deseja levar uma amostra”, conclui Etila.

Decreto - O decreto estadual, batante debatido, regulamenta a atividade pesqueira no Estado e abre caminho para a instituição da cota zero a partir de 2020. O documento foi publicado em fevereiro. A nova regra tem entre suas principais alterações o aumento do número de espécies de peixes com tamanho mínimo autorizado para retirada dos rios, de 9 para 21.

Pensado para fortalecer o turismo e as políticas de proteção ao meio ambiente, o cota zero tem, entre os defensores, O CET (Conselho Estadual de Turismo), que solicitou em nota, a manutenção das regras que liberam, para pescadores amadores e esportivos, apenas o sistema pesque-e-solte.

O texto também tem entre as novidades a fixação de tamanho máximo para quatro espécies consideradas ameaçadas e reitera que, a partir do ano que vem, a pesca amadora e desportiva só poderá ser praticada nos rios do Estado no sistema “pesque e solte”.

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