Guardas ameaçam paralisar caso negociações sobre reajuste não avancem
Sindicalistas foram à Prefeitura e Câmara Municipal cobrar retomada de discussão sobre periculosidade também
Agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) foram até a Prefeitura de Campo Grande e a Câmara Municipal nesta terça-feira (16) cobrar a retomada de discussão sobre reajuste salarial, previsto este mês, e outras reivindicações antigas da categoria, como o pagamento do adicional de periculosidade e chamamento de cerca de cem aprovados em concurso para reforçar o efetivo de aproximadamente 1.250 guardas.
Eles ameaçam paralisar o trabalho por um dia, caso a prefeita não os receba até quinta-feira (18). Com faixas, ocuparam o plenário da Câmara durante a sessão ordinária para chamar atenção dos vereadores.
“O adicional de periculosidade já está previsto na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), na LOA (Lei Orçamentária Anual) e na LOM (Lei Orgânica do Município). Existe o recurso direcionado de R$ 1,7 milhão e a prefeita tem que cumprir. Quando ela entrou, disse que precisaria se planejar para fazer medidas sólidas, mas depois não apresentou mais nada e não recebe nem vereadores da comissão para conversar. Então, deixamos um ofício hoje lá e se não houver reunião, vamos decidir se faremos uma paralisação de um dia, já que somos impedidos pela justiça de fazer greve”, disse Douglas Parizotto, diretor fundador do SindGM/CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande).
Desde janeiro de 2023, o caso do adicional de periculosidade da categoria está na Justiça e o reajuste salarial tem que ser definido neste mês, porque maio é a data-base dos servidores. Eles esperam, pelo menos, a reposição da inflação em torno de 9%, além de um ganho real.
A situação é insustentável, na avaliação do sindicalista, porque o salário base dos guardas é de R$ 1.860,00, que trabalham em escala de 24 horas (trabalho) por 72 horas (folga) com o auxílio alimentação de R$ 494,00.
Muitos já fizeram empréstimos e estão em situação bem difícil. Além disso, falta isonomia, porque os demais servidores têm auxílio alimentação de R$ 600 e somente o da guarda não foi reajustado”, reclamou Douglas.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges (PSDB), informou que deve conversar sobre o assunto com a prefeita em reunião, levando as reivindicações dos guardas que estiveram hoje na Casa de Leis.
A reportagem aguarda resposta da Prefeitura de Campo Grande sobre as reivindicações dos guardas e ameaça de paralisação.