Guardas acampam em frente à prefeitura e prometem até greve de fome
Segundo o Sindicato, acampamento vai durar até conseguir resposta da Prefeitura
Guardas Civis Metropolitanos montaram acampamento no canteiro central da Avenida Afono Pena, em frente à Prefeitura de Campo Grande, nesta terça-feira (19), como forma de protesto. A promessa é de até mesmo realizar greve de fome nos próximos dias.
Segundo o diretor do SindGM/CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande), Douglas Parizotto, serão 60 guardas por dia, sendo 20 em cada período. No começo desta noite, onze servidores e até crianças estavam no local que já conta até com barracas. No período da manhã e da tarde, o apoio foi com cadeiras, bancos, redes e guarda-sol.
Conforme Parizotto explica, no primeiro dia, está previsto apenas o acampamento e oração. Já para o segundo dia, vão fazer jejum parcial, e no terceiro dia, prometem jejum total.
“A intenção é virar a noite. Nós queremos uma resposta, queremos ouvir da prefeita se a lei vai ser aplicada ou não. No segundo e terceiro dia, vai ser oração e jejum”, dispara. O guarda acrescenta dizendo que vai rasgar a Constituição Federal em frente à prefeitura.
Pautas – A categoria quer resolver três demandas, atualmente. A regulamentação dos plantões, pagamento da periculosidade de 30% a 50% e reenquadramento das categorias (letra e quinquênio).
A convocação de aprovados no concurso de 2020 também estava prevista na manifestação, mas na última sexta-feira (15), 388 aprovados foram chamados pela Prefeitura para começar o curso de formação no dia 1º de agosto.
No entanto, Parizotto já adianta que se a formação não for cumprida na data estabelecida, vão continuar em manifestação.
Em nota, a Prefeitura de Campo Grande diz que “está cumprido integralmente o acordo firmado com o Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos. Os plantões estão sendo pagos com base nos critérios firmados em comum acordo com a entidade sindical”
Em relação a periculosidade, a resposta é que já está sendo feito o processo de contratação da empresa que fará o laudo para definir o grau de periculosidade, compatível com a atividade desenvolvida pelos profissionais da guarda.
Ainda conforme a reposta, a partir de janeiro será iniciado o processo de promoção vertical e horizontal, para todas as categorias do funcionalismo.
“A Prefeitura reforça que tem o dever de resguardar o serviço prestado à população, considerado essencial, mas, ao mesmo tempo, coloca como prioridade a valorização dos seus servidores. Neste sentido, em nenhum momento se omitiu ao diálogo”, diz parte da nota enviada.
Greve – No dia 4 de julho, a categoria chegou a aprovar a paralisação para começar no dia 7 de julho, mas o desembargador Alexandre Raslan barrou a ação.
No dia 12 deste mês, em assembleia feita pelo Sindicato, foi decidido a realização da marcha, saindo da Praça do Rádio Clube até o Paço Municipal.
Com isso, na manhã de ontem (18), cerca de 90 profissionais da categoria, aderiram ao movimento.
A Polícia Militar acompanhou a marcha, enquanto os guardas gritavam a todo tempo a palavra “respeito”. Eles chegaram à prefeitura, cantando o Hino Nacional, por volta das 10h30min, com o objetivo de falar com a prefeita Adriane Lopes (Patriota).
Sem sucesso, retornaram hoje para dar início ao acampamento prometido.