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Capital

Há 3 anos, ciclovia do Zé Pereira é "piscinão" de lixo e larvas da dengue

Zana Zaidan | 22/07/2014 12:20
Água impede tráfego de bicicletas nas ciclovia (Foto: Marcelo Calazans)
Água impede tráfego de bicicletas nas ciclovia (Foto: Marcelo Calazans)
Por causa da água, lixo, lodo e larvas do mosquito da dengue proliferam na ciclovia (Foto: Marcelo Calazans)
Por causa da água, lixo, lodo e larvas do mosquito da dengue proliferam na ciclovia (Foto: Marcelo Calazans)

Parte integrante da obra do complexo Imbirussu-Serradinho, inaugurado em novembro de 2011, a drenagem asfáltica da avenida José Barbosa Rodrigues é sinônimo de dor de cabeça para os moradores do bairro Zé Pereira, em Campo Grande. O problema está em um trecho da ciclovia, que se transformou em um “piscinão” permanente, com direito a lodo, lixo e muitas, muitas larvas do Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da dengue.

Cerca de 200 metros da pista de bicicletas são intransitáveis por causa da altura da água, que chega a 20 centímetros - o suficiente para cobrir os tornozelos - e invade parte da avenida, no sentido centro-bairro.

“Chego nesse ponto e já desvio, a gente não sabe o que tem embaixo. Acaba sendo perigoso porque sou obrigado a sair da ciclovia e andar na pista, e me arriscar em meio aos carros e caminhões”, afirma o vigilante Pablo Douglas, 24 anos. Cadeirante, Alexander de Jesus, 32, usa um triciclo para se locomover, e vai mais longe ao reclamar. “Passo no meio da água mesmo, não tem outro jeito. A ciclovia tem meio-fio, não tenho como sair nesse ponto”, acrescenta.

A preocupação da diarista Natalina da Silva Cárdena, 49 anos, que há 15 mora em frente ao piscinão, é a dengue. “Eu nunca peguei, mas dá uma revolta saber que culpam a população por aí, dizendo que nós é que não limpamos as casas. Tomo o maior cuidado, limpo todos os dias para não acumular água, mas bem aqui na frente tem essa lagoa enorme, lotada de larvas”, revolta-se.

A comerciante Fabiana Oliveira, 30 anos, conta que o problema é maior quando chove. “Esta parte da ciclovia fica alagada direto, mas quando chove, a rua todinha fica tomada pela água, de ponta a ponta. Os carros passam devagar, atrapalha o trânsito, é uma bagunça”, relata ela, que tem uma loja de móveis na frente do local.

Segundo ela, o problema persiste há anos, desde que a avenida foi inaugurada, mas nenhuma medida efetiva foi tomada. "Eles vêm, passam dias mexendo, dá uma amenizada, mas dias depois, volta a alagar tudo de novo". 

Limpeza - Morador do Zé Pereira, que preferiu se identificar apenas como "Barba", resolveu tomar providências por conta própria. Quando o Campo Grande News esteve no local, uma retroescavadeira tirava a terra acumulada dos bueiros. Ele, que afirma trabalhar em uma empreiteira, afirma que a medida é paliativa. 

"Moro aqui perto e faço isso, sempre que posso. Não resolve permanentenmente, mas dá uma amenizada, desentope a boca de lobo e faz a água baixar", explica.

A retroescavadeira fazia a limpeza das bocas de lobo (Foto: Marcelo Calazans)
A retroescavadeira fazia a limpeza das bocas de lobo (Foto: Marcelo Calazans)
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