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Diversão

História negra é celebrada com desfile e roda de samba na comunidade Tia Eva

Programação também terá roda de conversa, feira de artesanato e shows; a programação termina meia-noite

Por Fernanda Palheta e Geniffer Valeriano | 20/11/2024 12:41
Montagem do palco e passarela para o primeiro Festival Niara, realizado na comunidade Tia Eva, em Campo Grande (Foto: Osmar Veiga)
Montagem do palco e passarela para o primeiro Festival Niara, realizado na comunidade Tia Eva, em Campo Grande (Foto: Osmar Veiga)

No primeiro feriado nacional do Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira (20), a cultura e ancestralidade foram escolhidos como instrumentos para combater racismo. A comunidade quilombola Tia Eva, em Campo Grande, será palco do Festival Niara, que reunirá roda de conversa, desfile de moda, feira de artesanato e samba a partir das 17h.

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O primeiro Festival Niara, realizado na comunidade quilombola Tia Eva em Campo Grande no Dia da Consciência Negra, utilizou cultura e ancestralidade para combater o racismo estrutural. O evento, que incluiu roda de conversa, desfile de moda, feira de artesanato e samba, teve sua programação cuidadosamente planejada para valorizar a cultura negra e a história da comunidade, que precede a fundação oficial da cidade. O projeto Niara, responsável pelo festival, promoveu cursos de corte e costura com técnicas ancestrais, reforçando a importância da data como um dia de luta contra o racismo.

Para Eduardo Alves, de 33 anos, o diretor do Projeto Niara, que promoveu curso de corte e costura na comunidade, a data escolhida foi simbólica. "Não é apenas um dia de comemoração, mas um dia de luta para combater o racismo, que é estrutural", disse enquanto acompanhava a preparação do palco e da passarela na Rua Eva Maria de Jesus.

Assim como o nome do festival, que significa 'aquele que tem propósito', cada detalhe do evento foi pensado com o objetivo de valorizar a cultura negra.

"A escolha do local é muito importante por todo o combate que ele representa e ter uma comunidade quilombola para celebrar a mulher que realmente fundou a cidade", afirma. Eduardo aponta que registros mostram que a comunidade Tia Eva já existia antes da chegada do mineiro José Antônio Pereira, considerado do fundador de Campo Grande.

"A programação toda foi pensada para falar de cultura e ancestralidade, para combater o racismo. Todos os cantores e artistas vão estar falando de símbolos de ancestralidade que foram incluídas nas performances", detalha.

Sobre o Projeto Niara, Eduardo relata que durante todo o ano os alunos trabalharam com técnicas ancestrais de estamparia e trouxeram inspirações da cultura negra.

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