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Capital

Hospital Universitário faz captação de órgãos para transplante e salvam 4 vidas

Familiares de paciente que morreu após AVC autorizaram a retirada de rins e córneas para doação

Por Gabriela Couto | 12/08/2024 14:10
Profissionais que realizaram o procedimento de captação de órgãos registraram momento após conclusão do trabalho (Foto: Divulgação)
Profissionais que realizaram o procedimento de captação de órgãos registraram momento após conclusão do trabalho (Foto: Divulgação)

Uma equipe multidisciplinar da Ebser (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) realizou a captação de órgãos neste domingo, em Campo Grande. Familiares de um paciente de 66 anos, vítima de AVC, autorizaram a doação dos rins e córneas que vão salvar a vida de quatro pessoas que aguardavam na fila de espera de transplante.

Para isso, profissionais de Brasília (DF) foram chamados para realizar os procedimentos, com a equipe do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), filiado à Rede Ebserh.

De acordo com o enfermeiro assistencial do Humap- UFMS e coordenador da Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, Guilherme Henrique de Paiva Fernandes, o processo de doação, captação e transplante de órgãos é bem complexo e demanda muito trabalho de toda equipe, desde os profissionais que verificam um provável doador, a equipe que faz o diagnóstico e a manutenção do potencial doador, aqueles que realizam a captação dos órgãos, chegando à equipe que realiza o transplante.

“Mas tudo isso não seria possível sem o gesto de amor à vida dos familiares, que mesmo em um momento difícil, na perda de um ente querido, conseguem pensar no próximo que, nesse momento, pode salvar outras vidas. Então fica nossa gratidão à família do doador que aceitou a doação. É um pedido que sempre fazemos: que avise sua família que você é um doador de órgãos, isso pode fazer a diferença e salvar muitas vidas”, destacou.

Sobre a captação de domingo, a equipe verificou que o paciente poderia estar em morte encefálica na sexta-feira. “Foi acionado a OPO da Santa Casa para nos dar o suporte, os médicos fizeram todos exames e confirmaram a morte encefálica declarando óbito do paciente nesse momento. Conversado com familiares se aceitavam a doação dos órgãos, eles aceitaram. A partir desse momento foram realizados procedimentos para o transplante, alguns exames para ver como estavam os órgãos e para ver a compatibilidade com o receptor dos órgãos. No domingo de manhã foi realizada a captação dos órgãos e encaminhados para os lugares para os procedimentos de transplante”, explica Guilherme.

Para a superintendente do Humap-UFMS, Dra Andrea Lindenberg , os trabalhos desenvolvidos pelas equipes do Humap na captação ativa de doação de órgãos e colaboração com outras instituições para os transplantes é extremamente significativo e importante: “além de ser uma oportunidade de capacitação de nossos profissionais, ainda pode salvar muitas vidas que estão no aguardo”.

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