Inaugurada há 2 anos, Lúdio Coelho tem só 1 radar e graves acidentes
Luiz Carlos Santos Messias, 46 anos, é policial militar, lotado há 22 no BPTran (Batalhão de Polícia de Trânsito) de Campo Grande, mas é como cidadão, morador do bairro Oliveira há outros 18, que ele relata a falta de respeito dos motoristas aos limites de velocidade na avenida Lúdio Coelho. Somente neste ano, foram duas mortes na via, ambas porque os condutores corriam demais, por isso, o pedido é por mais redutores de velocidade. Hoje, há um para toda a extensão da avenida.
Enquanto a velocidade máxima permitida é 50 Km/h, carros e motos andam a pelo menos 80, constatou o Campo Grande News. Um dos pontos mais críticos, conta o cabo Messias, é a curva logo após a rua Antônio João Ribeiro, para quem está no sentido Centro-bairro. Neste trecho, muitos perdem o controle da direção.
“Ontem mesmo, uma motociclista perdeu, bateu no meio fio da ciclovia e foi arremessada. Ela foi parar para um lado, a moto bem no meio da ciclovia”, acrescenta. Messias testemunhou o acidente porque andava de bicicleta no local, por volta das 16 horas, e por poucos metros não foi atingido.
Ciclista, ele nunca teve carro ou moto, e pedala até o trabalho, na avenida Afonso Pena. “Sempre pulei fora justamente por achar perigoso. Mas, como ciclista, tenho medo de andar, mesmo na ciclovia”, afirma.
O único radar fica antes da rua Petrópolis, para quem está no sentido Centro-bairro. “Precisamos de mais. O motorista reduz quando se aproxima do radar, e depois acelera sem dó”, defende.
Também usuário da ciclovia, o professor de educação física Adelson Antônio Dezen, 53 anos, recomenda cautela para quem passa pelo local. “Precisa ter muito cuidado, principalmente para atravessar a rua. Mesmo na faixa vermelha (da pintura que sinaliza que trata-se de ciclovia), ninguém respeita. E não passam correndo, passam voando”, opina.
Solicitações – Conforme a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), a avenida Lúdio Coelho lidera os pedidos de instalação de semáforos, radares e redutores de velocidade.
A reportagem tentou entrar em contato com o diretor da agência, Jean Saliba, mas até o fechamento deste texto não conseguiu posicionamento ou previsão para instalação dos equipamentos.