Inquérito sobre morte em táxi vai indiciar motorista por 4 crimes
Documento deve ser concluído amanhã, para ser entregue ao Ministério Público Estadual, responsável pela acusação.
O delegado responsável pelo caso, Wellington de Oliveira, vai encerrar nesta terça-feira o inquérito que apura a morte de José Pedro Alves da Silva Júnior, 22 anos, o passageiro do táxi atingido em uma batida pela caminhonete Mistubishi L-200.
O motorista da caminhonete, Diogo Machado Teixeira, 36 anos, vai responder por quatro crimes: homicídio doloso com dolo eventual contra José Pedro, duas tentativas de homicídio em relação ao condutor do táxi, Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos e o passageiro Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, além de dirigir embriagado, já que o teste do bafômetro constatou 0,59 mg/l. Diogo continua preso na Derf (Delegacia Especializada na Repressão a Roubos e Furtos).
A Polícia ouviu os depoimentos da vítima do acidente, Ramon Rudney e da passageira do táxi que para logo depois da batida para prestar socorro. Nenhum dos dois soube dizer se o semáforo tanto na rua Bahia, como na avenida Afonso Pena, cruzamento do acidente, estavam fechados.
“O Ramon estava dormindo. Seria relevante se ele tivesse visto o semáforo, mas ele estava dormindo”, disse o delegado. Sobre a passageira, Taila Oliveira, o delegado disse que ela apenas relatou ter ouvido e visto a batida, mas como estava sentada no banco atrás do motorista, não visualizou a cor do semáforo na avenida Afonso Pena.
Na sexta-feira prestaram depoimento os ocupantes do Honda Civic preto que aparece nas imagens da câmera de segurança de um restaurante, ao lado da caminhonete e fugindo após a colisão. O motorista Fábio Gomes de Oliveira, 29 anos, negou envolvimento na batida e um possível racha, que chegou a ser levantado e confirmou que o semáforo estava fechado para a caminhonete.
Os laudos da Perícia que ainda têm 10 dias para ficarem prontos serão anexados ao inquérito posteriormente e remetidos ao MPE (Ministério Público Estadual).
O advogado Renê Siufi, assumiu a defesa de Diogo na última quarta-feira. Nesta segunda-feira ele disse ao Campo Grande News que aguarda o encerramento do inquérito para então entrar com o pedido de habeas corpus ao Tribunal de Justiça. Caso Diogo seja transferido para presídio, o advogado requisitará prisão especial, pois ele tem ensino superior.