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Capital

Inquérito sobre morte em táxi vai indiciar motorista por 4 crimes

Documento deve ser concluído amanhã, para ser entregue ao Ministério Público Estadual, responsável pela acusação.

Paula Maciulevicius | 18/02/2013 11:19
Delegado responsável pelo caso, Wellington de Oliveira vai indiciar motorista por tentativa de homicídio contra os demais ocupantes do táxi. (Foto: Luciano Muta)
Delegado responsável pelo caso, Wellington de Oliveira vai indiciar motorista por tentativa de homicídio contra os demais ocupantes do táxi. (Foto: Luciano Muta)

O delegado responsável pelo caso, Wellington de Oliveira, vai encerrar nesta terça-feira o inquérito que apura a morte de José Pedro Alves da Silva Júnior, 22 anos, o passageiro do táxi atingido em uma batida pela caminhonete Mistubishi L-200.

O motorista da caminhonete, Diogo Machado Teixeira, 36 anos, vai responder por quatro crimes: homicídio doloso com dolo eventual contra José Pedro, duas tentativas de homicídio em relação ao condutor do táxi, Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos e o passageiro Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, além de dirigir embriagado, já que o teste do bafômetro constatou 0,59 mg/l. Diogo continua preso na Derf (Delegacia Especializada na Repressão a Roubos e Furtos).

A Polícia ouviu os depoimentos da vítima do acidente, Ramon Rudney e da passageira do táxi que para logo depois da batida para prestar socorro. Nenhum dos dois soube dizer se o semáforo tanto na rua Bahia, como na avenida Afonso Pena, cruzamento do acidente, estavam fechados.

“O Ramon estava dormindo. Seria relevante se ele tivesse visto o semáforo, mas ele estava dormindo”, disse o delegado. Sobre a passageira, Taila Oliveira, o delegado disse que ela apenas relatou ter ouvido e visto a batida, mas como estava sentada no banco atrás do motorista, não visualizou a cor do semáforo na avenida Afonso Pena.

Na última 5ª feira, Diogo fez a primeira aparição para a imprensa, alegando que não era uma má pessoa e propondo campanha contra álcool e direção. (Foto: Luciano Muta)
Na última 5ª feira, Diogo fez a primeira aparição para a imprensa, alegando que não era uma má pessoa e propondo campanha contra álcool e direção. (Foto: Luciano Muta)

Na sexta-feira prestaram depoimento os ocupantes do Honda Civic preto que aparece nas imagens da câmera de segurança de um restaurante, ao lado da caminhonete e fugindo após a colisão. O motorista Fábio Gomes de Oliveira, 29 anos, negou envolvimento na batida e um possível racha, que chegou a ser levantado e confirmou que o semáforo estava fechado para a caminhonete.

Os laudos da Perícia que ainda têm 10 dias para ficarem prontos serão anexados ao inquérito posteriormente e remetidos ao MPE (Ministério Público Estadual).

O advogado Renê Siufi, assumiu a defesa de Diogo na última quarta-feira. Nesta segunda-feira ele disse ao Campo Grande News que aguarda o encerramento do inquérito para então entrar com o pedido de habeas corpus ao Tribunal de Justiça. Caso Diogo seja transferido para presídio, o advogado requisitará prisão especial, pois ele tem ensino superior.

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