Motorista que matou jovem em táxi fazia "roleta russa", suspeita Polícia
A Polícia acredita que Diogo Machado Teixeira, de 36 anos, praticava “roleta russa” no momento do acidente de trânsito que resultou na morte de José Pedro Alves, 22, na madrugada da última segunda-feira (11), em Campo Grande. Roleta russa, no trânsito, consiste em passar todos os sinais, mesmo estando fechados.
Diogo conduzia uma caminhonete Mitsubishi L-200 quando atingiu o táxi Siena no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Bahia. Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21, e o motorista Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos, sofreram ferimentos graves.
Testemunhas afirmam que o semáforo estava fechado para o condutor da caminhonete. O delegado responsável pelas investigações, Wellington de Oliveira, da 1ª DP (Delegacia de Polícia), disse nesta quinta-feira (14) que Diogo será indiciado por dupla tentativa de homicídio, e não mais lesão corporal dolosa, por homicídio doloso e por dirigir embriagado.
“O motorista assumiu o risco do resultado de morte, então os sobreviventes passaram por uma tentativa”, afirmou o delegado.
A Polícia está analisando as imagens do circuito interno do estabelecimento comercial localizado na frente do cruzamento em até 40 minutos antes do acidente. O objetivo é fazer uma matemática e calcular o tempo do semáforo para chegar à conclusão se o semáforo estava fechado para a caminhonete.
Hoje, o delegado pediu outra perícia para verificar qual era a velocidade do táxi no momento do acidente. “O que tudo indica é que a velocidade do táxi era mais baixa que da caminhonete”. Wellington comentou que os dois sinais ficam no sinal vermelho paralelamente por alguns segundos e que somente com o resultado da perícia será esclarecido se no momento do acidente os semáforos estavam fechados para os dois.