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Capital

Ivan coloca tornozeleira, nega extorsão e diz que dinheiro apreendido é de carro

Coronel Ivan passou por procedimento para colocar tornozeleira eletrônica no início da tarde de hoje

Ana Paula Chuva e Aline Santos | 27/05/2021 13:18
José Ivan saindo da unidade de monitoramento virtual para colocar tornozeleira. (Foto: Marcos Maluf)
José Ivan saindo da unidade de monitoramento virtual para colocar tornozeleira. (Foto: Marcos Maluf)

Preso  ontem (26) por extorsão, o ex-comandante da Polícia Militar e ex-deputado estadual José Ivan de Almeida, 66 anos, nega que dinheiro apreendido em seu apartamento no Bairro Santa Fé, em Campo Grande, seja fruto de extorsão. No local foram encontrados R$ 16,6 mil em espécie.

José Ivan passou pelo procedimento para colocar tornozeleira eletrônica no início da tarde desta quinta-feira (27), após decisão da Justiça em audiência de custódia, e também está proibido de se aproximar das vítimas.

De acordo com o advogado Ronaldo Franco, que atua na defesa de José Ivan, o dinheiro encontrado no apartamento do ex-comandante da PM, é fruto de uma venda de veículo e não teria nenhuma relação com cobrança de dívida.

O dinheiro estava no banheiro do apartamento de José Ivan, alvo de busca, mediante autorização verbal do oficial aposentado. A ação foi acompanhada pela Corregedoria da PM.

Com o ex-comandante da PM foi apreendida nota promissória no valor de R$ 281.363, papel com numeração de processos, arma de fogo e R$ 16.600 em espécie.

Prisão - Na manhã de ontem, o Coronel Ivan, foi flagrado junto com Reginaldo Freitas Rodrigues (ex-policial civil) na porta de uma das vítimas no Bairro Amambaí, em Campo Grande.  Quando eles ameaçaram levar a camionete que estava na garagem, a vítima fez sinal para a equipe de policiais do Garras que monitorava o encontro e a dupla foi presa.

Com o ex-comandante da PM foi apreendida nota promissória no valor de R$ 281.363, papel com numeração de processos, arma de fogo e R$ 16.600 em espécie.

Os dois atuavam em nome de Patrick Issa, que cobrava a dívida. O arquiteto também foi preso em flagrante. Em seu escritório, foi encontrado um revólver e ele informou ser CAC (Caçador, Atirador e Colecionador). Na sua residência, foram apreendidos mais um revólver e uma pistola.

O crime de extorsão foi relatado por dupla de sócios de empresa do setor de hidráulica, com sede em Campo Grande e obras em Ponta Porã. Os sócios relatam que a dívida de R$ 80 mil saltou para R$ 281 mil, além de já terem pagos R$ 150 mil.

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