João Amorim é levado para a PF para depoimento e tem casa vistoriada
Duas equipes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do empresário nesta manhã
O empresário e dono da Proteco, João Amorim, foi conduzido coercitivamente para a sede da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (14), durante a quinta fase da operação Lama Asfáltica, batizada de Papiros de Lama. Equipes da PF estiveram na casa do investigado nesta manhã e chegaram a chamar um chaveiro para abrir um cofre no local.
Duas equipes da Polícia Federal cumpriram mandado de busca e apreensão desde as primeiras horas do dia na casa do empresário. Durante a vistoria, um chaveiro precisou ser chamado para abrir um cofre encontrado na residência de Amorim. Depois de uma hora no local, o chaveiro foi embora, afirmando que o compartimento estava vazio.
Os policiais deixaram a casa de Amorim, localizada na Rua José Mariano, minutos depois, com um malote nas mãos e sem falar com a imprensa. Enquanto os federais deixavam a casa pela porta da frente, um Hyundai I30 preto deixou o imóvel pela rua lateral, Antônio Oliveira Lima.
Amorim chegou a sede da PF por volta das 10 horas e deve prestar depoimento nesta tarde. Desde que a investigação foi iniciada, em 2015, a Polícia Federal, Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União) investigam o empreiteiro, que foi preso em pelo menos duas fases da operação.
Na primeira ação da força-tarefa, em julho de 2015, a investigação apontou que João Amorim seria o chefe da organização, especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais.
A quinta fase da operação cumpriu dois mandados de prisão preventiva, um deles contra o ex-governador André Puccinelli (PMDB), 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. Duas prisões preventivas também foram registradas.
A investigação revelou uso de documentos falsos para justificar a continuidade de contratos. Também foi descoberta a aquisição de ilícita e irregular de produtos e obras, concessão de créditos tributários direcionados, "tudo com a participação de servidores públicos".
A investigação aponta R$ 235 milhões, levando-se em consideração as fraudes e as propinas pagas a integrantes da organização criminosa.