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Cidades

Delação de Ivanildo Miranda desencadeou 5ª fase da Lama Asfáltica

Pecuarista foi apontado como operador de esquema de propina, revelado pela JBS em maio

Mayara Bueno e Marta Ferreira | 14/11/2017 09:57
Policiais deixando prédio onde mora André Puccinelli (PMDB). (Foto: André Bittar).
Policiais deixando prédio onde mora André Puccinelli (PMDB). (Foto: André Bittar).
Foto de Ivanildo publicada em coluna social (Foto: Reprodução)
Foto de Ivanildo publicada em coluna social (Foto: Reprodução)

A 5ª fase da Operação Lama Asfáltica partiu de delação premiada de Ivanildo da Cunha Miranda, conforme apurou o Campo Grande News. Ele é pecuarista, empresário e apontado como operador maior fabricante de carnes para pagamento de propina, conforme colaboração premiada da JBS, feita em maio deste ano.

Nesta terça-feira (14), PF (Polícia Federal), CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal cumprem mandados referentes à quinta fase da Operação Lama Asfáltica, batizada de Papiros de Lama. A operação envolve mais de 300 pessoas e investiga desvios estimados em R$ 235 milhões.

O ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), é um dos alvos e foi levado para Polícia Federal por volta das 8h15. O filho dele, André Puccinelli Junior, também foi conduzido pelos policiais. Há outros seis mandados de condução coercitiva, 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.

O nome Ivanildo Miranda aparece na delação da JBS - divulgada em maio deste ano - e em 17 páginas de documentos anexados no registro das denúncias feitas à PGR (Procuradoria Geral da República) na Operação Lava Jato.

Naquela colaboração, delatores afirmam que Ivanildo trabalhou como “gerenciador” do esquema por sete anos – entre 2007 e 2014 –, período em que teria movimentado aos menos R$ 105 milhões.

Em um dos trechos da delação de Wesley Batista, um dos donos da JBS, afirma que André Puccinelli e Ivanildo se desentenderam no fim da gestão do ex-governador. “Foi o Ivanildo por sete anos. No finalzinho do governo eu acho que eles se desentenderam, eu acho... ele [Puccinelli] tirou o Ivanildo do contato e pôs esse André Luiz Cance de contato com a pessoa nossa”, contou na ocaisão.

Ainda não há detalhes sobre o conteúdo da delação premiada que teria sido feita em Mato Grosso do Sul por Ivanildo, que envolveria políticos daqui e teria resultado na fase de hoje.

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