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Capital

Jovem de 18 anos baleado ainda não consegue falar sobre o ocorrido

Rafael Ribeiro e Guilherme Henri | 04/07/2017 12:31
Fachada da bicicletaria onde jovem estava na hora dos disparos e que acabou sendo baleado (Foto: Rafael Ribeiro)
Fachada da bicicletaria onde jovem estava na hora dos disparos e que acabou sendo baleado (Foto: Rafael Ribeiro)

O jovem de 18 anos que foi baleado durante troca de tiros entre dois policiais militares, em que um deles acabou morto, no último sábado (1), no bairro Nova Lima (zona norte de Campo Grande), ainda não tem condições psicológicas de lembrar do episódio.

A informação foi passada por familiares da vitima ao Campo Grande News nesta manhã, próximo do local onde ele foi atingido na barriga.

“Não tem condições (de falar sobre o ocorrido). Todas as vezes que ele relembra, fica muito chateado, chora. Queremos poupá-lo para vê-lo bem”, disse um dos parentes.

O jovem segue internado na Santa Casa e, após passar por cirurgia, segundo so familiares está em um momento crucial de sua recuperação. Por isso a cautela.


“Vai atrapalhar a recuperação dele qualquer comentário sobre o caso, o policial preso, o policial morto. Vamos esperar, na hora certa comentaremos tudo o que a polícia quiser”, completou.


A Polícia Civil admite que o jovem é peça fundamental do processo de investigação, afinal ele estaria gravando a briga entre os policiais no momento que começaram os disparos e seu depoimento é essencial para validar ou não as alegações dadas pelo sargento acusado de homicídio que prestou depoimento na última segunda-feira (3) e responderá ao crime em liberdade.

O caso – O tenente aposentado da PM João Miguel Além Rocha, 50 anos, morreu ao ser atingido por três tiros na frente de uma mecânica pelo sargento, ainda da ativa, César Diniz da Silva, 43, na tarde do último sábado.

Ambos começaram a discutir e trocaram agressões por uma desavença na venda de um veículo Nissan Tida preto que Diniz alega ser seu. Até que os disparos foram começaram a ser feitos. O jovem estava em uma bicicletaria na frente do local e acabou atingido.


Diniz, atualmente afastado do trabalho nas ruas por conta de problemas nos ligamentos do tornozelo, se apresentou à Polícia Civil e confessou o assassinato. Foi indiciado e responderá o crime em liberdade pela falta de antecedentes.


O jovem se recupera bem e segundo seus familiares está consciente, mas ainda sentindo fortes dores no local alvejado.

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