Jovem matou administrador ao descobrir que ele era soropositivo
No dia do crime, Carlos descobriu que Devanir era portador de HIV e também que usava nome falso
O jovem Carlos Roberto Silva Strogueia, de 24 anos, assassinou o administrador Devanir Paltanin, 46 anos, em março deste ano, ao descobrir que ele era soropositivo. A 7ª Delegacia de Polícia indiciou Carlos por homicídio, mas ele responde ao crime em liberdade.
Dados do inquérito detalham que, no dia do crime, Carlos descobriu que Devanir era portador de HIV e também que não se chamava Roger, como se apresentava para ele até então. Conforme depoimento à polícia, no dia do crime, madrugada do dia 24 de março, autor e vítima se encontraram na casa de Carlos, na Vila Bordon, onde mantiveram relação sexual e consumiram cocaína.
Ainda na madrugada saíram para comprar drogas no Bairro Zé Pereira e voltaram para a casa de Carlos, onde consumiram entorpecentes novamente e Devanir acabou dormindo no colchão da sala. Por curiosidade, Carlos pegou a carteira da vítima que estava semiaberta e viu documentos com o nome verdadeiro dele e ainda receituário médico que indicava uso de medicamentos contra Aids.
Atordoado com as informações, Carlos teria acordado Devanir para tirar satisfações, principalmente porque teriam mantido todas as relações sem preservativo. Questionado, a vítima teria debochado de Carlos e tentado abraçá-lo, mas o autor o empurrou e perguntou novamente se ele seria soropositivo, ao que a vítima teria respondido “- o que é que tem? Você já pegou!”.
Carlos então, enraivecido, pegou uma faca que estava sobre uma cômoda e atingiu Devanir no tórax. Ele se defendeu e acabou segurando a lâmina da faca que estava com Carlos, o que cortou sua mão. Nesse momento, buscou outra faca que estava sobre uma rack e atingiu a vítima perto do pescoço e então acabaram caindo no chão, em briga.
A vítima então desfaleceu e ficou caído no meio da sala, quando Carlos arrastou o corpo na direção do banheiro e cobriu com uma coberta. Carlos não soube precisar o horário exato do crime, mas lembrava-se que o dia amanhecia quando a briga aconteceu. O autor disse ainda à polícia que tinha carinho pela vítima e que se sentiu traído porque todas as vezes que iam manter relação sexual pedia para usar preservativo, mas Devanir dizia ser saudável.
A 7ª Delegacia pediu o prontuário médico de Devanir junto ao Hospital Universitário, o que comprovou que ele era soropositivo.