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Capital

Juiz autoriza perícia em celular usado por assassina confessa da morte de idosa

Acusação quer saber se conversas pelo aparelho rendem mais provas de crime

Anahi Zurutuza | 08/04/2019 08:57
Pâmela posa para foto em delegacia da Capital; ela se passava por policial, segundo investigação (Foto: Reprodução)
Pâmela posa para foto em delegacia da Capital; ela se passava por policial, segundo investigação (Foto: Reprodução)

O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, autorizou a quebra de sigilo telefônico e mandou o celular apreendido com Pâmela Ortiz de Carvalho, presa pela morte da idosa Dirce Santoro Guimarães Lima, de 79 anos.

O pedido da quebra de sigilo foi feito pela promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani depois que o ex-namorado da assassina confessa, um policial civil, denunciou que ela estava usando celular dentro da cadeia.

A acusação espera encontrar novas provas do assassinato nas conversas mantidas por Pâmela. Por isso, pediu a análise de mensagens de SMS, e-mail, WhatsApp e ligações efetuadas ou recebidas pela presa.

O investigador fez denúncia à Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) por ofício depois que recebeu ligação de Pâmela na manhã do dia 27 de fevereiro, dois dias depois que ela foi parar em cela do Estabelecimento Penal Irmã Irma Zorzi. Segundo o agente, a acusada de assassinato ameaçava se matar caso o ex não conversasse com ela.

O crime e a confissão – A vítima de Pâmela, Dona Dirce, desapareceu num sábado, dia 23 de fevereiro, e todo o enredo foi descoberto na segunda-feira (25) quando vizinhas da idosa foram à 7ª DP (Delegacia de Polícia) para registrar o sumiço. Na tentativa de despistar qualquer suspeita, a assassina confessa também esteve na delegacia.

Segundo a delegada Christiane Grossi, responsável pela investigação, Pâmela só admitiu ter assassinado a idosa ao ser informada pela polícia que câmeras de segurança haviam flagrado o momento em que ela saiu com Dirce naquele sábado. Antes de saber das imagens, ela havia negado até mesmo ter encontrado a vítima.

Pâmela alegou para a polícia que durante uma discussão, a idosa ameaçou denunciá-la pelas compras usando indevidamente o nome de Dirce. Ela disse ainda que a aposentada tentou sair do carro em movimento e caiu, batendo a cabeça no meio-fio. Desesperada e temendo ser descoberta, a mulher conta que pegou a cabeça da vítima e esmagou contra a guia.

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