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Capital

Juiz ouve dia 17 testemunhas contra PMs presos por cobrança de propina

Estopim de prisões foi cobrança de R$ 150 mil para liberar caminhão com carga de cigarro

Aline dos Santos | 09/01/2018 08:10
Movimentação de policiais e o caminhão apreendido, na noite de primeiro de dezembro. (Foto: Nyelder Rodrigues)
Movimentação de policiais e o caminhão apreendido, na noite de primeiro de dezembro. (Foto: Nyelder Rodrigues)

A Justiça ouve no próximo dia 17 as vítimas e testemunhas de acusação contra os policiais militares que são réus em processo sobre cobrança de propina de R$ 150 mil para liberação de carga de cigarro contrabandeado do Paraguai.

A audiência foi marcada pelo juiz da Auditoria Militar, Alexandre Antunes da Silva. Conforme o despacho, os réus deverão comparecer, acompanhados pelos advogados. Rogério Fernandes Mesquita, motorista do caminhão que levava a carga avaliada em R$ 1 milhão, será ouvido por meio de videoconferência. Ele também foi preso.

No mês passado, o juiz recebeu a denúncia do Ministério Público contra o terceiro sargento Alex Duarte de Aguir; os cabos Rafael Marques da Costa, Eduardo Torres de Arruda, João Nilson Cavanha Vilalba, Felipe Fernandes Alves; e os soldados Lucas da Silva Moraes e Walgnei Pereira Garcia.

Todos eram lotados no 10º Batalhão de Polícia Militar em Campo Grande, responsável pelo policiamento na região Sul, onde o caso aconteceu,  respondem por concussão (crime exclusivo de funcionário público que exige vantagem indevida) e por sequestro.

Quando houve as prisões, a informação divulgada era de que tinham sido por corrupção passiva, mas agora a tipificação mudou.

Caso – No dia primeiro de dezembro, após o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) receber denúncia da cobrança de R$ 150 mil para liberar um caminhão, foram presos o sargento Alex Duarte de Aguir e o cabo Rafael Marques da Costa. O flagrante foi no Jardim Tarumã, em Campo Grande. 

Na sequência, mais cinco policiais entraram na mira da Corregedoria da PM (Polícia Militar) por cobrança de propina de “cigarreiros”. Os policiais estão no Presídio Militar, na Capital. 

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