Juiz tira do ar página do "rolezinho" em shopping da Capital no Facebook
Após decisão judicial que proibiu o “rolezinho” de domingo no Shopping Campo Grande, a página do movimento no facebook foi retirada do ar na tarde desta sexta-feira (24). Antes, cerca de 1,2 mil pessoas haviam confirmado presença no evento via a mídia social.
A liminar que retirou a página do ar foi concedida pelo o juiz Fabio Possik Salamene, da 13ª Vara Cível Residual , a pedido da BR Malls, administradora do Shopping.
Por volta das 19h de hoje, o Campo Grande News tentou acessar a página do “rolezinho” na Capital, marcado para às 16h20 de domingo, porém a mesma não estava mais disponível.
O juiz da 4ª Vara Cível de Campo Grande, José Rubens Senefonte, determinou, por meio de liminar, que 10 oficiais de Justiça acompanhem o “rolezinho” no Shopping Campo Grande. Eles deverão notificar todos os participantes do movimento, que tem o objetivo de protestar contra a discriminação.
Além de proibir o “rolezinho”, o magistrado concedeu o interdito proibitório para garantir o funcionamento do estabelecimento comercial no domingo. Geralmente, no domingo, funciona a praça da alimentação, o setor de brinquedos e os cinemas.
O BR Malls, que administra o shopping, havia solicitado ainda a presença da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal dentro e fora do centro comercial para garantir a segurança dos consumidores, dos comerciários e lojistas. No entanto, o magistrado só determinou a mobilização da PM para garantir a segurança dos 10 oficiais de Justiça, que vão ficar nos acessos ao Shopping Campo Grande e notificar todos os participantes do “rolezinho”.
Na liminar, Senefonte proíbe os participantes do movimento de depredar as lojas, promover tumultos, algazarras, vandalismo, uso de equipamento de som em volume excessivo e não interferir no real funcionamento do shopping.
“Um salve pra quem curte dar um rolê firmeza e ainda expor as contradições hipócritas da elite brasileira racista! Que o bonde seja formado, pois o rolezinho nos espera! Xora burguesia! Kkkkkkk”, destacam os organizadores. E arrematam: “CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA! RACISMO NÃO! É nóis que luta”, dizia uma postagem da página, antes de sair do ar.