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Capital

Júri absolve acusado de matar namorada em briga por dinheiro para droga

Absolvido, réu teve alvará de soltura expedido apos julgamento no Fórum de Campo Grande

Por Anahi Zurutuza e Bruna Marques | 05/03/2024 16:25
Vagner chegou ao plenário do Tribunal do Júri algemado, mas foi solto assim que jurados deram o veredicto (Foto: Bruna Marques)
Vagner chegou ao plenário do Tribunal do Júri algemado, mas foi solto assim que jurados deram o veredicto (Foto: Bruna Marques)

Os cinco homens e as duas mulheres que formaram júri para analisar a acusação de homicídio qualificado por feminicídio contra Vagner Franco Alves, 40 anos, decidiram absolvê-lo no início da tarde desta terça-feira. Ele era réu por matar a namorada Monalisa Pereira Alves, 55, no dia 27 de novembro de 2022, no distrito de Anhanduí, a 50 km de Campo Grande. O homem saiu livre do Fórum da Capital.

O acusado negou ter cometido o crime e a defesa dele, que ficou a cargo do defensor público Ronaldo Calixto Nunes, conseguiu convencer os jurados que Vagner era inocente. Assim, após o veredicto popular, o juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, determinou a soltura do réu. “Em face da absolvição do acusado, revogo-lhe a prisão preventiva. Expeça-se o alvará de soltura”, diz a decisão.

Seis pessoas testemunharam discussão entre Vagner e Monalisa no dia do crime e uma delas diz ter visto o réu descartando uma faca em um matagal logo após o assassinato. "Estão mentindo", disse o réu durante o julgamento.

Sobre a data dos fatos, ele contou que estava na casa de Monalisa para um churrasco e que em determinado momento, ela o mandou embora por ciúmes de uma das convidadas. "Fui para a casa do meu irmão, que fica na rua do lado", alegou.

Narrou ainda que no dia seguinte, uma segunda-feira, voltava ao imóvel da companheira, mas foi interceptado por uma vizinha. "Falou que encontraram minha esposa morta e estavam achando que era eu. Então, disse para eu procurar um advogado".

O juiz e o promotor José Arturo Garcia questionaram Vagner sobre o motivo de ele não ter se importado, já que não seria o autor do crime, em ter procurado saber quem matou e o que aconteceu com a esposa naquele momento, mas Vagner não soube responder. O homem passou sete dias sumido até ser pego pela polícia e disse que se escondeu enquanto procurava advogado, já que cumpria pena na condicional por tráfico de drogas.

Monalisa Pereira foi assassinada com sete facadas enquanto bebia com Vagner e amigos. Uma mulher relatou que o grupo fez uso de entorpecentes momentos antes de o crime, por volta das 20h30 de um domingo. A tese da acusação era de que o homem matou a namorada porque ela recusou-se a lhe dar dinheiro para comprar mais drogas. Ele, porém, afirma que uma das pessoas que estava na casa é a responsável pelo homicídio.

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