Justiça manda para hospital jovem de 21 anos preso com pornografia infantil
Armazenar arquivos de imagens e vídeos contendo cenas pornográficas de adultos com crianças e adolescentes é crime, previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)
Em audiência de custódia, realizada nesta quinta-feira (28), o juiz da 5ª Vara Federal, determinou que o jovem de 21 anos, que mantinha cerca de 400 vídeos de pornografia infantil, incluindo 60 de estupro a bebês, armazenados no celular, seja transferido para o Hospital Psiquiátrico Nosso Lar.
O rapaz foi preso na quarta-feira (27) pela Polícia Federal durante operação contra pedofilia. Além disso, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, o juiz determinou que o investigado não tenha mais acesso ao sobrinho, que convivia com ele.
Segundo o delegado Marcelo Alexandrino, chefe da Delegacia de Defesa Institucional da PF, os policiais chegaram até o rapaz por meio de um banco de dados americano que monitora esse tipo de atividade. O sistema é capaz de rastrear com precisão arquivos com material de pedofilia por toda a internet. “Quando essas imagens caem na rede elas ganham uma identificação, assim que uma pessoa faz qualquer tipo de comentário sobre aquilo, o sistema é acionado”, disse nesta semana em coletiva de imprensa.
Ainda conforme o delegado, o rapaz praticava os crimes desde 2014. Desempregado, porém de classe média, ele morava no Bairro Monte Castelo com os pais, onde foi preso e, além de crianças desconhecidas, costumava fotografar um sobrinho e compartilhar as fotos. “Quem tem conteúdos como estes, já abusou ou vai abusar de alguma criança”, explicou o delegado, ao garantir que a polícia continuará investigando se o rapaz também praticou o crime de estupro.
Armazenar arquivos de imagens e vídeos contendo cenas pornográficas de adultos com crianças e adolescentes é crime, previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). A ação da Polícia Federal, que resultou na prisão do jovem, faz parte das investigações relativas à Operação Cabrera, desencadeada em todo País em maio deste ano, para combater à pedofilia. Estas investigações devem prosseguir por tempo indeterminado.