Justiça procura acusado de desviar R$ 12 milhões do Hospital Regional
Prazo para Rehder Batista apresentar defesa termina nesta terça (16), mas ele não foi encontrado
Não encontrado nem pela Justiça e nem por equipe de sindicância do Governo de Mato Grosso do Sul, ex-servidor do Hospital Regional acusado de ajudar em desvio de pelo menos R$ 12 milhões da unidade hospitalar não respondeu ao respectivo processo. Atualmente, ele mora em Itajaí (SC), mas não foi encontrado.
Dois advogados que fariam sua defesa em ações distintas - uma de desvio de R$ 666 mil e outra de R$ 12 milhões - foram procurados pela reportagem, mas nenhum deles respondeu aos questionamentos.
Uma sindicância foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) no dia 3 de abril de 2024 e discorre que o ex-técnico de serviços hospitalares Rehder dos Santos Batista deve apresentar defesa administrativa sobre o processo administrativo disciplinar em 10 dias úteis. O prazo, no entanto, termina nesta terça-feira (16). "O não comparecimento acarretará o prosseguimento do processo à revelia", diz o texto assinado pela diretora-presidente da Funsau (Fundação Serviços de Saúde do Estado), Marielle Alves Corrêa Esgalha.
A sindicância não encontrou Irineidy Silva da Costa, ex-gerente do laboratório do HRMS, denunciada pelo desvio dos R$ 666 mil. Por telefone, ela disse ao Campo Grande News que vai seguir procedimentos adotados, mesmo com o pedido de apresentação. "Eu também entrei em contato com o Hospital e não entendi por que me intimaram por edital se eu moro há 30 anos na mesma casa".
Denúncia - O servidor atuava como coordenador de logística e suprimentos e ex-diretor administrativo e financeiro do HRMS. Na denúncia de improbidade administrativa, ele foi acusado por fraudar notas fiscais. Conforme a ação, no período de três anos, entre 1º de setembro de 2016 a 31 de outubro de 2019, a Cirumed, com aval de Rehder dentro do hospital, “emitiu 45 notas fiscais simuladas, inserindo declarações inverídicas, aduzindo falsamente a venda de produtos hospitalares ao hospital".
O esquema funcionava com pedido de medicamentos ou insumos feitos junto à empresa que prestava serviço ao hospital. Registrava-se isso no sistema interno, de forma virtual, mas os produtos nunca chegavam. Posteriormente, era dado baixa a esses itens, como se tivessem sido entregues ou emprestados de volta à Cirumed e, então, emitia-se nota fiscal, o que garantia o pagamento ao fornecedor.
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