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Capital

Justiça volta a prender Giroto e ex-presidente da Agesul

Filipe Prado | 12/11/2015 07:42
Giroto e a ex-presidente da Agesul voltaram a serem presos na manhã de hoje (Foto: Arquivo)
Giroto e a ex-presidente da Agesul voltaram a serem presos na manhã de hoje (Foto: Arquivo)

Por determinação da Justiça, o ex-deputado federal Edson Giroto e a ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova, estão, novamente, presos. Os dois se apresentaram, acompanhados pelo advogado Valeriano Azambuja, às 5h30 da manhã desta quinta-feira (12) no Garras (Delegado Repreensão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), ao delegado Fábio Peró.

O horário foi estrategicamente escolhido para fugir da imprensa. O delegado confirmou a informação e assegurou que os investigados entraram pelos fundos da delegacia. O advogado não falou com a equipe do Campo Grande News e não atendeu as ligações.

Valeriano havia afirmado, na manhã de hoje, que ainda não teria recebido a “visita” do oficial de Justiça com mandado de prisão, porém os clientes já haviam se apresentado na delegacia.

O ex-secretário estadual de Obras e oito pessoas tiveram prisão temporária concedida na terça-feira (10), mas Giroto e Maria Wilma foram soltos em menos de 24 horas, por conta do pedido de habeas corpus, documento que foi revogado na noite do mesmo dia. Os sete outros acusados ainda estão presos.

Lama Asfáltica - As prisões são decorrentes da investigação conduzida pelo MPE que faz devassa nos contratos de obras do Governo estadual. Conforme a auditoria realizada pela Secetaria de Obras, em três obras de conservação de estradas estaduais na região pantaneira, o prejuízo teria somado R$ 11,8 milhões. Na MS-228, trecho Entroncamento MS/427-Fazenda Imaculada, um contrato foi cumprido, mas em três quilômetros o revestimento primário ficou com pouca espessura e a qualidade do material discutível.

Já o segundo contrato, que previa a recuperação de 42 km, o serviço só foi feito em 23,2 km, mas houve o pagamento de R$ 5.014.900,8, quando o correto seria pagar R$ 2.052.764,80, resultando numa diferença de R$ 2.962.136,00 pagos indevidamente.

Na MS-171 ,entre a BR-262 e o km 90 em Aquidauana, a planilha inicial previa 90 quilômetros de cascalhamento , mas só e foram encontrados aproximadamente 63,2 km. A empreiteira recebeu R$ 4.541.457,94, mais só executou serviços que custaram R$ 1.877.473,38, ou seja, foram pagos indevidamente R$ 2.663.984,56. Na MS-184, onde a planilha inicial previa 50 km de cascalhamento, só foram feitos 35,2 km . Pagou-se e R$ 7.801.935,44, mas só houve execução de R$ 1.530.036,22. Isto gerou uma diferença de R$ 6.271.899,22, valor pago indevidamente.

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