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Política

Presos por desvio milionário, engenheiros continuam nas chefias da Agesul

Michel Faustino | 11/11/2015 15:52
Maxwel, de camisa azul, continua no comando de unidade da Agesul em Coxim (Foto: Fernando Antunes)
Maxwel, de camisa azul, continua no comando de unidade da Agesul em Coxim (Foto: Fernando Antunes)

Os engenheiros Maxwell Thomé Gomez e Átila Garcia Gomes Tiago de Souza presos temporariamente na Operação Lama Asfáltica, acusados de envolvimento no esquema milionário que causou prejuízos de R$ 2.962.136,00 aos cofres públicos, em razão do pagamento de obras não executadas em estradas estaduais, permanecem no cargo e até o momento não há nenhum processo administrativo para analisar a situação. Ambos ocupam cargos de chefia na Agesul (Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos), nos municípios de Coxim e Rio Negro, respectivamente.

O secretário de Estado de Infraestrutura e diretor-presidente da Agesul, Ednei Marcelo Miglioli, foi procurado para comentar a situação, mas a informação na própria Agesul é de que ele orientou todos os funcionários a não se manifestar a respeito das prisões e os questionamentos deveriam ser endereçados a Secretaria de Comunicação Social. A informação apurada pelo Campo Grande News é de que até o momento nenhum procedimento administrativo foi instaurado para apurar a conduta dos servidores.

Maxwell Thome é engenheiro residente da Agesul de Coxim, já Átila Garcia Gomes Tiago de Souza atua na chefia do órgão no município de Rio Negro. Os dois foram os primeiros dos nove presos acusados de participarem do esquema a prestar depoimento ao MPE (Ministério Público Estadual) na tarde de ontem (10).

Nesta quarta-feira (11) mais duas pessoas estão sendo ouvidas na sede da PGJ (Procuradoria Geral de Justiça), no Parque dos Poderes. A secretária e sócia da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral, e o diretor da empresa, Rômulo Tadeu Menossi. Eles chegaram no início da tarde em um viatura da Defurv (Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos).

Prisões - As prisões são decorrentes da investigação conduzida pela força tarefa da Operação Lama Asfáltica, do MPE (Ministério Público Estadual) que faz devassa nos contratos de obras do Governo estadual. A operação de hoje ocorre em decorrência de uma irregularidade constatada no revestimento primário na MS-228, numa extensão de 42 quilômetros.

Foram presos o ex-secretário executivo do Ministério dos Transportes, ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, a ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, o empresário João Amorim, a sócio dele na Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos, os engenheiros Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, diretor da construtora Proteco, e o ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano.

O ex-deputado federal Edson Giroto (PR) foi solto durante a madrugada desta quarta-feira (11), após pedido de habeas corpus. A ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, também teve o pedido de soltura aprovado pela Justiça.

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