Laudo não comprova agressão sexual denunciada por frentista contra policial
Israel Giron Arguelho Carvalho ficou preso por um mês e foi encontrado morto em casa nesta terça-feira
Laudo do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande apontou que não houve relação sexual entre a frentista de 24 anos e o policial militar Israel Giron Arguelho de Carvalho, 32 anos, encontrado morto em uma casa no Bairro Coronel Antonino, nesta terça-feira (17).
O caso aconteceu na noite do dia 8 de agosto. Na ocasião, conforme o boletim de ocorrência, a frentista estava voltando para casa quando foi colocada à força dentro do carro do policial, um Fiat Mobi, e levada para um local escuro, onde foi estuprada e ameaçada pelo suspeito com uma arma.
Israel acabou sendo preso no dia 11 daquele mês e, segundo informações da delegada Marianne Souza, durante coletiva de imprensa no dia 14 de agosto, com o homem foram encontradas a camiseta e arma usadas no dia do crime. Além do carro, reconhecido pela vítima.
Na ocasião, a delegada afirmou ainda que conseguiram identificar o suspeito porque ele não teria usado camisinha durante o estupro e por isso, foi colhido material no corpo da vítima durante o exame. A investigação também analisou imagens de câmeras de segurança durante o percurso feito pelo militar.
O suspeito foi então encaminhado para o Presídio Militar e acabou sendo afastado do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Israel foi solto um mês depois, segundo a advogada Alana Oliveira Mattos Boiko de Figueiredo, e foi encontrado morto com tiro na cabeça na casa onde morava há aproximadamente dez dias, nesta terça-feira.
Conforme apurou o Campo Grande News, o laudo do Imol apontou que não houve “conjunção carnal” entre a vítima e o suspeito. De acordo com o documento, de 13 de setembro de 2023, a vítima apresentava “ruptura himenal antiga, sem vestígio de lesão traumática recente”, o que não comprova o estupro mediante relação sexual.
A reportagem procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e foi informada que o caso já foi encerrado e encaminhado para o Judiciário, por isso, a delegada não falaria mais sobre. A defesa de Israel também foi procurada, mas disse que o caso corre em sigilo e por isso não poderia comentar sobre.
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