Mais 2 policiais presos por integrar a Máfia do Cigarro são condenados
Os próximos julgamentos estão agendados para os dias 17 e 18 da próxima semana no Fórum
A Justiça Militar condenou nesta quinta-feira (13) durante julgamento mais dois policiais presos na operação Oiketicus, em que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) investigou a Máfia do Cigarro. Até agora já foram condenados 12 policiais militares, entre eles três oficiais. Os próximos julgamentos estão agendados para os dias 17 e 18 da próxima semana.
O cabo da Polícia Militar Aparecido Cristiano Fialho foi condenado a 15 anos e 4 meses de reclusão pelo crime de organização criminosa e lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. Ele foi absolvido da acusação de violação de sigilo profissional. Já o policial Marcelo de Souza Lopes foi condenado pelos crimes de corrupção passiva em continuidade delitiva de 2015 a 2018 e organização criminosa. Os dois cumprem pena em regime fechado e não podem recorrer da sentença em liberdade.
Os praças Clayton de Azevedo e Claudomiro de Goez Souza foram absolvidos dos crimes de corrupção passiva e organização criminosa. Clayton também foi inocentado da acusação de concussão (quando servidor público exige vantagem indevida).
Em julgamento realizado no dia 6 deste foram condenados: Elvio Barbosa Romeiro (primeiro sargento), Valdson Gomes de Pinho (cabo), Ivan Edemilson Cabanhe (soldado), Lisberto Sebastião de Lima (soldado) e Erick dos Santos Ossuna (cabo) a 11 anos e quatro meses. Para Jhondnei Aguilera (primeiro sargento) e Angelúcio Recalde Paniagua (primiero sargento) a pena foi maior: 12 anos e três meses. Os crimes são corrupção passiva, previsto no artigo 308 do Código Penal Militar, e organização criminosa.
No dia 10, a Justiça Militar condenou os três oficiais da Polícia Militar, o tenente-coronel Admilson Cristaldo, o tenente-coronel Luciano Espíndola da Silva e o major Oscar Leite Ribeiro, que segundo o Gaeco era os líderes do esquema de corrupção da Máfia do Cigarro.
Operação - Na primeira fase da Oiketicus, realizada em 16 de maio, foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra policiais, sendo três oficiais, e 45 mandados de busca e apreensão. O saldo total foi de 21 prisões porque um sargento acabou preso em flagrante. A ação foi em 16 localidades: Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão (distrito), Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá. Segundo a investigação, a remuneração para os policiais variava de R$ 2 mil por mês a R$ 100 mil.
A segunda etapa aconteceu no dia 23 de maio, com mandado de busca e apreensão na casa e escritório de então servidor do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A terceira fase foi em 13 de junho, quando mais oito policiais foram presos. No dia primeiro de novembro, a quarta etapa prendeu um tenente-coronel e um sargento.