Mais pais denunciam professor e escola já tem três casos suspeitos de abuso
Menino, diferente dos outros dois que eram do 4º ano do Ensino Fundamental, estudava no 5º ano e tem 11 anos
Mais um caso de abuso dentro de Escola Municipal na Vila Carvalho veio à tona depois que mães procuraram o Campo Grande News no último sábado, 12. Material revelou que o professor de inglês que está sendo acusado, foi afastado da escola, mas as responsáveis temem que a unidade escolar esteja querendo “abafar” o caso.
Nesta quarta-feira, mãe de mais um aluno, o terceiro que teria sido abusado, procurou a reportagem com o boletim de ocorrência em mãos. O filho dela, diferente dos outros dois que eram do 4º ano do Ensino Fundamental, estudava no 5º ano e tem 11 anos de idade. Conforme o relato feito à polícia, depois de ver material na imprensa, ela questionou o filho, que contou também ter sido abusado.
O menino contou que o professor o chamava em sua mesa para tirar dúvidas das atividades e o colocava sentado em seu colo e ficava passando a mão em seu pênis. O menino passou por depoimento especial que confirmou o que ele havia contado à mãe.
O registro foi feito hoje, às 11h, quando a responsável esteve na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) junto com outros pais, que saíram de reunião na escola esta manhã. “Pelo menos 20 pais foram direto para a delegacia”, contou.
No colégio, a direção, segundo a mãe, informou que já tomou as providências devidas e afastou o professor, “mas como nós, pais, vamos ficar tranquilos? Como confiar que eles vão ter segurança?”, questionou, já que nem mesmo câmeras de segurança há no local. Para ela, a escola quer “abafar” o caso, e quer “colocar na mídia mesmo”.
A suspeita é de que os casos tenham acontecido entre alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.
A Semed (Secretaria Municipal de Educação) disse que a nota anterior, enviada em 12 de novembro, se mantém e a única informação adicional é de que como o profissional era temporário e contratado, ele foi afastado e não passa por sindicância interna, ficando as investigações restritas à polícia.
Na nota, a secretaria informava que "imediatamente após ter conhecimento do caso, afastou o professor em questão da Rede Municipal de Ensino (REME)” e que “o caso já é de conhecimento da escola e da Semed e todas as medidas foram tomadas para o atendimento socioemocional e psicológico dos alunos e das famílias”.
Por fim, sustentou que “a unidade escolar e a Semed estão dando o suporte necessário para garantir o bem-estar dos alunos e seus familiares. A Semed não tolera qualquer tipo de violência dentro e fora do ambiente escolar”.
Na Depca, a reportagem foi informada que os casos estão sendo investigados, e que nenhuma informação será repassada para não atrapalhar a investigação.
Matéria editada às 17h22 para acréscimo de informação.