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Capital

Mais testemunhas são ouvidas e réus em ação da Sangue Frio só falam em setembro

As defesas das empresas H. Strattner e a Labormed conseguiram marcar para 23 de setembro, às 13h, a oitiva de mais uma testemunhas

Anahi Zurutuza e Liniker Ribeiro | 05/08/2019 14:41
Entrada do Hospital Universitário de Campo Grande, o centro de fraudes em licitações para desviar recursos públicos do tratamento de pacientes com câncer, conforme apurou a Operação Sangue Frio (Foto: Arquivo)
Entrada do Hospital Universitário de Campo Grande, o centro de fraudes em licitações para desviar recursos públicos do tratamento de pacientes com câncer, conforme apurou a Operação Sangue Frio (Foto: Arquivo)

Mais duas testemunhas de defesa de réus em ação derivada da Operação Sangue Frio foram ouvidas na tarde desta segunda-feira (5) na 3ª Vara Federal de Campo Grande, mas uma nova audiência foi marcada para os depoimentos dos acusados.

As defesas das empresas H. Strattner e a Labormed conseguiram marcar para 23 de setembro, às 13h, a oitiva de mais uma testemunhas. Desta data, porém, “não passa” a inquirição de Michele Panassolo e Ricardo Villela Silveira Almeida, respectivamente assistente de licitação e gerente de contas da H. Strattner, além de Wilson de Barros Cantero (ex-diretor técnico do HU) e Neimar Gardenal (ex-chefe da seção de Assistência Clínica), deixou claro o juiz Bruno Cézar da Cunha Teixeira.

Michele e Ricardo tiveram bens bloqueados em virtude de denúncia do MPF (Ministério Público Federal) apresentada em 2018 – seis anos depois dos fatos.

O problema envolve licitação para locação de equipamentos médicos em diversos setores com as duas empresas. A suspeita é que o pregão teria sido simulado, gerando prejuízo de R$ 4 milhões ao HU.

Os fatos no HU surgiram durante a Operação Sangue Frio, que expos um esquema de direcionamento de licitações e fraudes na prestação de serviços para beneficiar empresas e pessoas envolvidas no tratamento de pacientes de câncer e setores da gestão pública.

A tese das defesas é de que ex-diretor-geral da unidade, o médico José Carlos Dorsa – que morreu em março de 2018 –, é o responsável por fraudes, se é que houve. “A visão clara da defesa é nesse sentido, de que as irregularidades partiam do Dorsa justamente porque ele detinha o pode de tomar as decisões. Era ele quem assinava, quem convocava a comissão de licitação”, destacou Renê Siufi ao final de audiência realizada em 23 de julho.

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