Mais testemunhas são ouvidas e réus em ação da Sangue Frio só falam em setembro
As defesas das empresas H. Strattner e a Labormed conseguiram marcar para 23 de setembro, às 13h, a oitiva de mais uma testemunhas
Mais duas testemunhas de defesa de réus em ação derivada da Operação Sangue Frio foram ouvidas na tarde desta segunda-feira (5) na 3ª Vara Federal de Campo Grande, mas uma nova audiência foi marcada para os depoimentos dos acusados.
As defesas das empresas H. Strattner e a Labormed conseguiram marcar para 23 de setembro, às 13h, a oitiva de mais uma testemunhas. Desta data, porém, “não passa” a inquirição de Michele Panassolo e Ricardo Villela Silveira Almeida, respectivamente assistente de licitação e gerente de contas da H. Strattner, além de Wilson de Barros Cantero (ex-diretor técnico do HU) e Neimar Gardenal (ex-chefe da seção de Assistência Clínica), deixou claro o juiz Bruno Cézar da Cunha Teixeira.
Michele e Ricardo tiveram bens bloqueados em virtude de denúncia do MPF (Ministério Público Federal) apresentada em 2018 – seis anos depois dos fatos.
O problema envolve licitação para locação de equipamentos médicos em diversos setores com as duas empresas. A suspeita é que o pregão teria sido simulado, gerando prejuízo de R$ 4 milhões ao HU.
Os fatos no HU surgiram durante a Operação Sangue Frio, que expos um esquema de direcionamento de licitações e fraudes na prestação de serviços para beneficiar empresas e pessoas envolvidas no tratamento de pacientes de câncer e setores da gestão pública.
A tese das defesas é de que ex-diretor-geral da unidade, o médico José Carlos Dorsa – que morreu em março de 2018 –, é o responsável por fraudes, se é que houve. “A visão clara da defesa é nesse sentido, de que as irregularidades partiam do Dorsa justamente porque ele detinha o pode de tomar as decisões. Era ele quem assinava, quem convocava a comissão de licitação”, destacou Renê Siufi ao final de audiência realizada em 23 de julho.