"Mandei exonerar", diz presidente da Câmara sobre prisão de assessor parlamentar
Assessor parlamentar e presidente do Bairro São Conrado foi preso pelo Choque com 41 kg de cocaína
O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), afirmou que o assessor parlamentar Robson José Ximenes, de 31 anos, preso com 41 quilos de pasta base de cocaína, será exonerado do quadro de servidores da Casa de Leis. "Sujando o nome dos demais assessores. Mandei exonerar", afirmou.
O presidente explicou que assim que soube da prisão, ocorrida na noite desta terça-feira (04), tomou as medidas para exoneração. "Avisei o vereador Ademir Santana que o assessor dele seria exonerado, a bem do serviço público. Vou assinar amanhã, mas será publicada com data de hoje. Com isso sou severo, nenhum dos vereadores compactua com esse tipo de procedimento", pontuou.
O vereador Ademir Santana (PSDB) afirmou que ficou surpreso com o ocorrido. "Lamentamos o ocorrido e ficamos surpresos, mas tenho confiança no trabalho da Justiça e das autoridades policiais".
Além disso, Ademir afirmou que Robson levava diversas solicitações de melhorias para os bairros. "Podemos atestar a sua conduta enquanto assessor parlamentar e que levava diversas solicitações de melhorias para os bairros da sua região. Ao ser nomeado, apresentou as certidões criminais negativas e infelizmente não podemos controlar ou conhecer as condutas particulares de cada um", destacou.
De acordo com o site da Transparência da Câmara, Robson José Ximenes atuava como assessor parlamentar I do vereador Ademir Santana desde o dia 4 de maio de 2021. O salário era de quase R$ 5 mil.
Prisão - Além de assessor parlamentar, Robson José Ximenes atua como presidente do Bairro São Conrado, em Campo Grande. Na noite desta terça-feira (04), ele e o comparsa José Torres Junior, de 31 anos, foram presos pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar com 41,5 quilos de cocaína, em uma residência no mesmo bairro.
Durante o flagrante, o assessor negou saber da droga, jogando a culpa para o comparsa. Já Torres contou que era funcionário de Robson, este, que solicitou que fossem no período da tarde até o Bairro Santa Luzia, para pegar umas caixas com doações.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, ao ser levado para a delegacia, Robson chegou a oferecer cargo comissionado na Câmara Municipal à esposa de Torres, para que ele assumisse o tráfico de drogas.