Marido que matou esposa e manteve corpo em casa é condenado a 12 anos de prisão
Inácio matou Luciana com vários golpes de facas e depois deixou o corpo guardado durante quatro dias
Inácio Pessoa Rodrigues, 47 anos, foi condenado, na tarde desta terça-feira, a 12 anos de reclusão em regime fechado pelo crime de feminicídio contra Luciana de Carvalho, 45 anos. O caso aconteceu em julho de 2022, no Bairro Sílvia Regina, em Campo Grande.
O açougueiro estava preso desde a noite em que o corpo foi encontrado. Inácio matou Luciana com vários golpes de faca e depois deixou o corpo durante quatro dias em casa. O crime foi descoberto após os vizinhos desconfiarem do mau cheiro que vinha da residência.
A qualificadora do crime cometido por Inácio se tipificou como feminicídio em situação de violência doméstica e familiar.
O caso - Depois de constatar que a mulher havia morrido, ele deixou a faca na pia e o corpo na cozinha. De quinta até a prisão dele, segunda-feira (1º), retomou a rotina, saindo para trabalhar, enquanto o cadáver permanecia na casa onde moravam.
O dono da casa, que fazia parte de um conjunto de quitinetes, foi procurado por uma das inquilinas, que relatou o mau cheiro e o sumiço da mulher. Ele usou a chave reserva e abriu a casa, encontrando o corpo de Luciana. O cadáver estava encostado no botijão de gás. A polícia foi acionada e Inácio Rodrigues foi visto passando de bicicleta na rua. Os vizinhos avisaram a PM, que o capturou após tentativa de fuga.
Segundo a delegada Elaine Benicasa, titular da Deam, Luciana e Inácio estavam juntos havia um ano, em relacionamento conturbado. Ela chegou a registrar boletim de ocorrência por injúria e vias de fato, solicitando medida protetiva. “Mas tudo indica que eles retornaram ao convívio”. Depois foi a vez de Inácio Rodrigues registrar boletim de ocorrência na Deam contra a mulher, por injúria. No relato dele, Luciana constantemente o agredia e o xingava.