Marinha envia mais um navio para levar brigadistas ao Pantanal
Ao todo, 21 fuzileiros foram levados a Barra do São Lourenço, a 220 km de Corumbá
A Marinha do Brasil reforçou a ajuda no combate aos incêndios no Pantanal. Nesta quarta-feira (7), mais um navio partiu rumo ao bioma para levar brigadistas. Ao todo 21 fuzileiros embarcaram no NTrFlu (Navio-Transporte Fluvial). O barco foi para Barra do São Lourenço, a 220 quilômetros de Corumbá.
O objetivo é reforçar o combate aos incêndios florestais que atingem a divisa entre o Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Outra embarcação da Marinha já atua, na mesma região em apoio às operações de combate no bioma pantaneiro, em parceria com o Prevfogo-Ibama e o CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul).
Além diddo, uma lancha saiu de Ladário neste sábado (3) para realizar a verificação da condições de trafego do rio até a região de Porto Conceição, no Mato Grosso. Conforme o relatório do Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro), o fogo já destruiu 1,3 milhão de hectares do Pantanal. O montante representa 8,7% do bioma desde o início de 2024.
Estrada - Na BR-262, entre Miranda e Corumbá, o Corpo de Bombeiros manteve a interdição na estrada devido às chamas que margeiam as vias, nesta quarta-feira (7). Quem passou pelo local nesta terça-feira (6) se assustou com a fumaça que, cobriu parte da rodovia, e pelas chamas altas. Equipes do Corpo de bombeiros trabalham em parceria com o PrevFogo para combater a situação.
Destruição - As chamas prejudicaram inúmeras fazendas no bioma pantaneiro, uma delas é a sede do Instituto Arara Azul. A bióloga, Neiva Guedes, não conseguiu falar sobre as cenas que viu nestes últimos dias. Ela é a responsável pela conservação da espécie no Pantanal e viu o trabalho de mais de três décadas ser consumido pelo fogo.
Outra situação foi a cena mais fortes registradas foi os dois filhotes de filhotes de onça-pintada encontrados carbonizados na Fazenda Entre Rios, no Pantanal sul. As imagens ganharam as redes sociais pelos felinos estarem em uma árvore após incêndios no local.
O Biólogo Gustavo Figuerôa, do Instituto SOS Pantanal, confirmou as mortes dos animais, mas desmentiu que eles tenham sido queimados dessa forma. Ele esclarece que a cena foi “montada”.
“Pessoas da fazenda onde elas foram encontradas viram as fotos originais de quando e as duas estavam no chão uma ao lado da outra. Quem tirou essa foto montou pra ficar mais dramática. Isso é uma falta de respeito, não só com os funcionários e moradores quanto com os animais. O fato delas terem morrido por si só já é muito grave, não precisa montar uma cena dessa para viralizar”, explicou o biólogo.
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