Medicamento caro para doenças autoimunes é apreendido mais uma vez
A medicação é usada para tratar doenças raras como púrpura e síndrome de Guillain-Barré
Fiscalização de rotina na BR-262, entre Terenos e Campo Grande, esta tarde, apreendeu 250 frascos de imunoglobulina estrangeira e sem registro no Brasil. A Polícia Federal realizou a apreensão e prendeu o homem que estava em posse do medicamento. Há duas semanas, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) já havia feito grande apreensão do mesmo produto.
Conforme a PF, o foco da apreensão é para combater o comércio ilegal de medicamentos, “que representa um risco à saúde da população e pode levar a graves consequências”, diz nota da corporação. A medicação é usada para tratar doenças raras como a púrpura trombocitopênica idiopática (que pode gerar hemorragias), síndrome de Kawasaki (inflamação nos vasos sanguíneos) e síndrome de Guillain-Barré (que ataca os nervos).
Em novembro do ano passado, Operação Autoimune foi desencadeada para desmontar esquema clandestino de importação e comercialização de medicamentos falsificados e de origem estrangeira. Em 10 meses, o grupo movimentou cerca de R$ 4 milhões com comércio ilegal em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
De acordo com dados da Polícia Federal, as investigações começaram com a apreensão de várias caixas de medicamentos de origem argentina, contendo o princípio ativo “Neostigmina” (indicado em várias doenças que atingem os músculos), no Aeroporto Internacional de Campo Grande. Na ocasião, a pessoa não apresentou documentação que comprovasse a entrada regular no Brasil.