Médicos e militares transportam órgãos para transplantes no DF e Ceará
Rins, fígado e córneas de um paciente que faleceu em Campo Grande foram doados após autorização de familiares.
Foi realizada com sucesso, nesta semana, a captação e o transplante de múltiplos órgãos doados pela família de um paciente que teve morte encefálica na Santa Casa de Campo Grande. Rins, fígado e córneas irão salvar vidas de outras pessoas em Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Ceará.
Todo o procedimento da última captação de órgãos foi realizado, na quinta-feira (27), pela OPO (Organização de Procura de Órgãos) de Mato Grosso do Sul, localizada no hospital. O fígado do paciente foi encaminhado para o Distrito Federal, os rins para o Ceará e as córneas permaneceram no Banco de Olhos da Santa Casa.
A operação teve apoio de uma aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) que transportou o fígado para Brasília (DF) em tempo de transplantar. Os rins foram transportados por meio de um avião do governo cearense.
Com a confirmação de morte encefálica a partir de exames protocolares, a OPO entrou em ação para fazer o acolhimento dos familiares e consulta sobre doação. Como houve interesse por parte dos familiares, teve início, então, a busca de possíveis receptores no Mato Grosso do Sul.
Quando não há condições de transplante no estado, a procura é realizada no Sistema Nacional de Transplantes, pela Central Estadual de Transplantes, por meio de um sistema online do Ministério da Saúde, obedecendo a rígidos critérios estabelecidos pela legislação federal.
Somente neste ano, já foram registradas 20 doações com captação de 34 órgãos. Em 2016, Mato Grosso do Sul encaminhou para outros estados 4 corações, 9 fígados, 37 rins, 1 pâncreas e 136 córneas.
Capacitação - Para fortalecer as ações de transplante em Mato Grosso do Sul e beneficiar mais cidadãos, foi implantada, há 17 anos, a CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalares de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplante) com o objetivo de identificar potenciais doadores, organizar o processo de captação de órgãos, e realizar entrevista com familiares.
A sua criação foi regulamentado pela Portaria nº 905 / GM em 16 de agosto de 2000.