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Capital

Médicos iniciam amanhã a primeira greve da categoria na Capital

Antonio Marques | 05/05/2015 19:26
Com a greve, os médicos vão manter apenas 30% do efetivo para atender casos de urgência e emergência (Foto: Marcelo Calazans)
Com a greve, os médicos vão manter apenas 30% do efetivo para atender casos de urgência e emergência (Foto: Marcelo Calazans)

Os médicos da rede municipal de Saúde de Campo Grande iniciam a primeira greve da categoria nesta quarta-feira, dia 6, e devem manter apenas 30% do efetivo nas unidades de saúde para atendimento de urgência e emergência. A Prefeitura aguarda decisão de liminar do Tribunal de Justiça para suspender a paralisação.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS), Valdir Shigueiro Siroma, lembra que a categoria vem tentando negociar com a Prefeitura desde de janeiro e, somente no último dia 28, receberam a contraproposta de reajuste zero, além do corte nas gratificações dos profissionais, que foram conquistadas ao longo dos últimos 12 anos.

Sobre o fato de os médicos receberem salários acima de R$ 10 mil, como chegou a ser divulgado pela Prefeitura, Valdir Siroma disse que é direito dos profissionais, que trabalham muito e fazem plantões eventuais. “Ficar ameaçando os profissionais com possibilidade de corte de ponto e demissão não é o caminho mais correto”, alertou ele, referindo-se as declarações do prefeito Gilmar Olarte.

Em relação a possibilidade de uma decisão liminar do Tribunal de Justiça para suspender a greve, Valdir Siroma disse que vai recorrer, considerando que o movimento de greve é um direito dos trabalhadores. O presidente do Sinmed lembou que os médicos nunca fizeram greve na Capital, apenas algumas paralisações de alerta.

Siroma explicou que os profissionais vão manter 30% do efetivo nas unidades de pronto atendimento (UPAs) para atender os pacientes de urgência e emergência, conforme prevê a legislação. “Nas unidades básicas vamos manter os médicos nos ambulatórios e atender os casos mais sérios, como o atendimento a pessoas idosas”, destacou o presidente do Sindicato.

Ele acrescentou ainda que a categoria está aberta à negociação e a greve permanecerá até que haja contraproposta digna por parte da prefeitura. “Falta sensibilidade por parte do gestor e isso afeta diretamente à população”, ressaltou.

Manifesto - Amanhã às 8h os médicos vão realizar uma manifestação pacífica em frente à Unidade de Pronto Atendimento do Coronel Antonino. Também vão entregar informativos à população nas unidades de saúde explicando os reais motivos da greve.

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