Mesária interdita bebedouro com 'água suspeita' em escola, que nega problema
A mesária Katiuscia Medina, 39 anos, interditou o bebedouro após suspeitar de contaminação da água na Escola Estadual Riachuelo, na Rua Onze de Outubro, no Bairro Cabreúva, em Campo Grande. A atitude acabou gerou reação da escola: a diretora nega o problema e cogita registrar boletim de ocorrência por calúnia. O caso aconteceu no domingo (30).
Segundo a mulher, que trabalha de atendente de telemarketing, os colegas reclamaram que a água do bebedouro estava com cheiro ruim. Ela achou que o odor vinha dos copos, mas quando foi fazer o teste, diz ter percebido que havia saído resíduos da torneira. “Á água tinha cheiro de peixe e saiu com pedaços de animais”, afirma a mesária.
Depois disso, Katiuscia interditou o bebedouro e saiu avisando os colegas para não beberem a água. Eles passaram a orientar as pessoas que não tomassem também.
“Descobrimos na parte da tarde. Enquanto isso várias pessoas ingeriram o líquido e passaram mal. A presidente de mesa por exemplo, passou mais tempo no banheiro com diarreia do que trabalhando”, lamenta.
Ela afirma ainda que quando encerrou a votação, a diretora apareceu na escola e ficou sabendo do que havia acontecido. “Eu mostrei a água e a diretora disse que era normal porque tinha caído pombos na caixa d' água”, reclama. Katiuscia levou uma amostra da água para a casa e afirma que já entrou em contato com a vigilância sanitária.
O Campo Grande News esteve na manhã desta segunda-feira (31) na escola e conversou com a alunos, funcionários e direção. Os estudantes disseram que tomam da água e nunca passaram mal. Eles garantem ainda que também não encontraram qualquer tipo de resíduos no líquido.
A diretora, Maria de Almeida Jerônimo, confirmou que foi informada sobre a questão ontem mesmo e, que na mesma hora pediu ao funcionário que abrisse o bebedouro para verificar. “Não foi encontrado nada, mas aproveitamos para fazer a limpeza do recipiente e da caixa d'água", afirma.
Segundo ela, as caixas são lavadas uma vez por ano e os bebedouros limpos uma vez por mês. Ela nega que tivesseve falado para a mesária que havia um pombo na caixa.
A professora assumiu a direção da escola no começo do ano e cogita registrar boletim de ocorrência contra a mesária por calunia. A instituição tem dois bebedouros, um deles está quebrado.
“Eu abri o bebedouro e a água estava limpa. Ainda sugeri que a diretora guardasse um balde para provar a qualquer um que duvidasse da limpeza dos recipientes”, diz Orivaldo Gonçalves de Almeida, um dos funcionários responsável pela manutenção.