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Capital

Mesmo sem viaturas, Batalhão de Choque efetua prisões em bairros da Capital

Flávia Lima e Renan Nucci | 27/02/2015 12:37
Viaturas quebradas dificultam ação do Batalhão de Choque da PM. (Foto:Arquivo Campo Grande News)
Viaturas quebradas dificultam ação do Batalhão de Choque da PM. (Foto:Arquivo Campo Grande News)

A Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motos) do Batalhão de Choque da Polícia Militar prendeu na manhã desta sexta-feira (27), em Campo Grande, Wilker da Silva Arruda, 24 e Caio Renato Correia Pereira, 28. Segundo informações dos policiais, Wilker participou de um assalto a mão armada por volta das 7 horas, nas imediações do clube Estoril, no bairro Giocondo Orsi.

Ele estava em uma moto com um rapaz identificado apenas como Clóvis e que se encontra foragido. A dupla abordou uma mulher e sua personal trainer que realizavam exercícios próximos ao Estoril. Durante a ação os dois levaram os celulares das vítimas, que acionaram a polícia.

O Batalhão de Choque foi avisado e começou a fazer rondas na região. Por volta das 10 horas os policiais chegaram a uma casa na rua Garopaba, no Vida Nova, onde localizaram Wilker, que estava nos fundos da residência. No local os policiais também encontraram a moto utilizada no assalto e uma pistola calibre 380.

Na casa da frente, no mesmo endereço, estava Caio Renato que, apesar de não ter participação no assalto, foi detido pois em sua casa funcionava uma boca de fumo. No local o Batalhão de Choque encontrou dois tabletes de maconha, porções de cocaína, pasta base, celulares e objetos utilizados no preparo das drogas. Wilker e Caio foram encaminhados para a Depac Centro.

Estrutura

Apesar da falta de viaturas quatro rodas e contando apenas com três motos durante os últimos dias, o Batalhão de Choque vem conseguindo realizar prisões em vários bairros da Capital. Na noite passada os policiais prenderam um foragido da Justiça em frente ao supermercado Assaí, na Avenida Cônsul Assaf Trad, além de apreender uma arma de fogo e um caminhão utilizado para o transporte de drogas no bairro Danúbio Azul. Dois veículos irregulares também foram apreendidos pela Batalhão esta madrugada.

A falta de viaturas do Batalhão de Choque da PM é um problema antigo, noticiado em janeiro pela reportagem do Campo Grande News. Responsável por atender ocorrências de rebeliões, reintegrações de posse e situações de conflito que envolvam indivíduos de alta periculosidade, a tropa está com apenas uma das 12 viaturas quatro rodas operando. O governo disse ter conhecimento da situação e que as medidas necessárias serão adotadas assim que as finanças forem regularizadas.

Segundo o tenente Edeimar Dias, que conversou com o Campo Grande News mês passado, a situação é a mesma há mais de um ano e seis meses. O maior problema é o sistema utilizado pelo Governo para administrar os serviços de manutenção. As oficinas participam de um tipo de leilão e aquela que oferece o preço mais baixo, ganha o direito de fazer os reparos. “Geralmente são usadas peças paralelas e baratas, que não aguentam muito tempo. Em menos de uma semana a viatura tem que voltar para a oficina. Peças genuínas são mais caras, mas valem a pena”, explicou Dias.

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