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Capital

'Miss' e comparsa vão a júri popular em março por morte de manicure

Crime ocorreu em 15 de janeiro de 2016, no local conhecido como 'Cachoeira do Céuzinho'

Luana Rodrigues | 15/02/2017 15:28
Gabriela Santos Antunes de 20 anos, acusada de matar manicure, no dia em que foi eleita a mais bela detenta da Capital em setembro de 2016. (Foto: Divulgação/ Agepen)
Gabriela Santos Antunes de 20 anos, acusada de matar manicure, no dia em que foi eleita a mais bela detenta da Capital em setembro de 2016. (Foto: Divulgação/ Agepen)
Emily Karoliny Leite, 19 anos, também está presa, segundo o MPE, ela ajudou a matar Jeniffer. (Foto: Pedro Peralta)
Emily Karoliny Leite, 19 anos, também está presa, segundo o MPE, ela ajudou a matar Jeniffer. (Foto: Pedro Peralta)

A Justiça marcou para o mês que vem o julgamento da Gabriela Santos Antunes de 21 anos, e da amiga dela, Emilly Karoliny Leite, de 21 anos. As duas são acusadas de matar a manicure Jennifer Nayara Guilhermete de Moares, 22 anos, no dia 15 de janeiro do ano passado. A audiência será às 8h, do dia 29 de março, no Tribunal do Júri de Campo Grande, que fica na Rua da Paz.

Em uma história envolvendo traição e ciúmes, Gabriela tirou a vida de Jennifer e a jogou do alto de um precipício no local conhecido como Cachoeira do Céuzinho, a 800 metros da MS-080, saída para Rochedo, em Campo Grande.

O fato ganhou repercussão na Capital, pela crueldade com que o crime foi cometido. Em agosto de 2016, a Justiça decidiu que as duas acusadas iriam a júri popular, no entanto, até hoje, elas não foram julgadas.

No dia 27 de janeiro, o Campo Grande News mostrou que o caso seguia na Justiça, aguardando apenas a definição da data do julgamento e, neste meio tempo, Gabriela continuou presa, e foi eleita “Miss Primavera” no Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi.

A eleição foi em setembro de 2016 e, na época, Gabriela disse que o momento serviu para refletir sobre sua vida e escolhas. “Fiquei refletindo sobre a minha vida inteira, sobre o lugar onde eu estou. Não precisava disso, foi um momento de muita fúria, no calor da emoção eu fiz o que eu fiz, e em poucas horas eu destruí minha vida, mas estou pagando pelo que eu fiz, pretendo sair pra rua regenerada”, declarou.

Inconformada com a notícia de que a assassina confessa da filha havia se tornado Miss, a mãe de Gabriela, Lucimar Vieira Guilhermete, 40, desabafou no Facebook ao postar que “ao invés dessa vagabunda pagar pelo que fez com minha filha ficam postando como miss, só se for miss dragão”.

Manicure Jeniffer Nayara Guilhermete de Morais, 22 (Foto: Divulgação/ Facebook)
Manicure Jeniffer Nayara Guilhermete de Morais, 22 (Foto: Divulgação/ Facebook)

Crime - O corpo da manicure Jennifer foi encontrado no dia 16 de janeiro, na cachoeira do Céuzinho. Ela havia sido morta a tiros um dia antes e seu corpo jogado de uma altura de 25 metros.

De acordo com as investigações, Gabriela Antunes Santos, 20, e mais duas amigas, Emilly Karolainy Leite, de 19 anos e uma adolescente de 16 anos, teriam levado a manicure até o local e cometeram o crime, que seria motivado por ciúmes. Há quatro anos, Jennifer teria namorado Alisson, atual marido de Gabriela.

Conforme a polícia, Gabriela teria sido motivada por ciúmes e inveja a cometer o crime, supostamente citando boatos de que Jeniffer havia reatado um romance com Alisson Patrick Vieira, companheiro de Gabriela.

Emilly Karoliny Leite, 19 anos, apontada como comparsa de Gabriela disse que apenas ficou próxima ao carro e que a adolescente foi junto com a suspeita e a vítima para perto da cachoeira.

“Achei que iriam apenas conversar. Vi a Gabriela pegando algo debaixo do carro, mas tive medo de falar algo e morrer também, porque ela é muito ignorante. A relação dela com Alisson era de muito ciúmes. Ela falava e água parava, ele não tomava frente de nada”, contou Emilly, na época.

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