Morre motociclista atropelado pela namorada
Acidente aconteceu na madrugada de segunda-feira (8)
O motociclista Otávio Nunes, 62 anos, morreu na Santa Casa de Campo Grande. A vítima estava em uma motocicleta Yamaha YBR quando foi atingida por um Chevrolet Classic, conduzido por Irene da Silva Melo, de 63 anos. A mulher, que é namorada dele, teria ingerido bebida alcoólica, segundo a polícia, e acabou sendo presa em flagrante.
O acidente aconteceu na madrugada de segunda-feira (8), na Rua Cabo Verde, Bairro Jardim Tijuca, em Campo Grande. Conforme o registro policial, Otávio foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), em estado gravíssimo, e levado para a Santa Casa.
A família procurou a 6ª Delegacia de Polícia Civil da Capital nesta terça-feira (9) para comunicar o falecimento de Otávio. O caso foi registrado como corrupção ativa, conduzir veículo sob influência de álcool e homicídio culposo na direção de veículo automotor.
Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a perda e pediram Justiça pelo idoso. “Não foi acidente. Isso foi assassinato. Que a Justiça dos homens a julgue como merece”, postou uma amiga do motociclista.
Acidente - Irene trafegava pela contramão e estava com sinais aparentes de embriaguez, segundo o boletim de ocorrência. Ela se recusou a fazer o teste do bafômetro, então foi confeccionado um TCE (Termo de Constatação de Embriaguez).
Ainda, conforme consta na ocorrência policial, a motorista ainda tentou subornar um dos militares dizendo que faria um Pix. Ela foi presa em flagrante, passou por audiência de custódia na tarde de segunda-feira (8) e teve a liberdade provisória concedida.
Em depoimento, disse ter ingerido quatro cervejas em casa. No momento do acidente, ela alega que estava levando uma amiga embora quando viu o namorado na rua e acabou atingindo Otávio sem querer. A idosa disse que se manteve no local do acidente e ainda confirmou ter oferecido suborno aos policiais para não ser presa.
A filha da condutora, Elaine Cristina, de 41 anos, nega que a mãe tenha oferecido dinheiro. Disse que a mãe fez a afirmação porque foi coagida. Ela ainda afirma que a mãe estava com dificuldade para realizar o teste do bafômetro e orientou-a não fazer: "Minha mãe ao invés de estar soprando, estava puxando, falei que ela não era obrigada a fazer".
Elaine diz que chamou o socorro: "Em momento algum ela saiu do local". A filha da condutora ainda afirmou que antes do acidente, o casal tinha passado o dia junto. "Ambos tinham ingerido bebida alcoólica. Ele era muito ciumento e possessivo, não queria que ela saísse", contou.