Morte de delegado pode ter relação com assassinato de dono de jornal
O assassinato do delegado aposentado, Paulo Magalhães, de 57 anos, no final da tarde desta terça-feira (25) pode estar relacionado com outros crimes em Campo Grande, como por exemplo, a morte do dono do jornal eletrônico Última Hora News e também policial aposentado, Eduardo Carvalho, de 51 anos, executado a tiros em novembro do ano passado.
De acordo com o delegado da 1º Delegacia de Polícia, Wellington de Oliveira, o caso foi para a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) porque é a delegacia que investiga outros casos de execução com características de pistolagem.
Segundo a Polícia, Paulo Magalhães foi colaborardor de Eduardo no jornal eletrônico até que os dois romperam. Em 2010, por exemplo, Carvalho publicou artigo onde chamava o ex-colega de homem com "delírios psicodélicos e psicóticos...ex-delegado aposentado por problemas mentais, Paulo Magalhães Araujo, o ‘Paulo louco,’ que além de desiquilibrado, é portentoso mentiroso".
Os ataques seguiram por todo o ano de 2010, do tipo "Mentiroso e caloteiro, “Paulo maluco” se complica a cada dia", ou "Doutor vagamundo um mentecapto em um Brasil de nenhuma verdade".
Os dois tinham um perfil semelhante. Além de ex-policiais, dividiam denúncias contra diferentes autoridades. Enquanto Paulo Magalhães respondia a 29 processos por calúnia e difamação, Eduardo tinha cerca de 20 desde 2005.
“Carvalhinho” como era conhecido foi morto no dia 21 de novembro do ano passado, quando chegava em casa com a esposa, na rua Cláudia, no bairro Giocondo Orsi. Até agora o crime não foi esclarecido.
Ele foi executado por uma dupla que estava em uma moto, da mesma forma como Paulo Magalhães morreu hoje, perto de casa e por pistoleiros em motocicleta.
A ação dos assassinos foi rápida, em menos de 1 minuto surgiram na rua Alagoas e atiraram contra Magalhães, que estava parado na entrada de uma escola particular.
O bandido chegou à porta do passageiro e atirou, pelo menos, 6 vezes. As balas quebraram o vidro do jipe do delegado e acertaram o tórax e a cabeça de Paulo Magalhães. Uma das balas entrou pelo pescoço e saiu pelo crânio, matando a vitima instantaneamente.