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Capital

Morte de professor acende alerta e Semed tem plantão de psicólogos

Secretaria Municipal de Educação informou que comissão será montada para tratar assunto

Jéssica Benitez e Caroline Maldonado | 24/03/2023 09:46
Morte de professor acende alerta e Semed tem plantão de psicólogos
Secretário Municipal de Educação, Lucas Bitencourt comenta sobre saúde dos professores (Foto Caroline Maldonado/Campo Grande News)

Além do Centro de Valorização à Vida, que conta com 13 psicólogos dentro da Semed (Secretaria Municipal de Educação), um plantão de atendimento passou a funcionar aos fins de semana e feriados para dar suporte aos servidores, alunos e seus familiares. Suicídio de um professor da Reme (Rede Municipal de Ensino) acendeu alerta acerca da saúde mental dos educadores.

De acordo com o secretário de Educação, Lucas Bitencourt, também será formada comissão junto à Seges (Secretaria Municipal de Gestão) e ao IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), para que outras medidas de preservação mental dos professores sejam tomadas.

“Hoje nós temos os 13 psicólogos que já atuam dentro do centro de Valorização à Vida e vamos buscar intensificar o atendimento. Estaremos aí acompanhando as escolas, trazendo esse olhar mais específico. Também vamos formar uma comissão para a gente verificar como podemos fazer para minimizar, acompanhar e ajudar nesses casos emocionais. Vamos unir forças e buscar soluções”, explicou.

Morte de professor acende alerta e Semed tem plantão de psicólogos
Telefones disponíveis para atendimento de profissionais da Educação (Foto Divulgação)

Sobre a queixa dos professores que pegam licença para tratar problemas de saúde mental e não conseguem renovar após passarem por perícia mesmo ainda sem cura, Lucas disse que não pode comentar o assunto. “Eu só respondo pela pasta da Educação”.

Cenário – Na última segunda-feira (20), o professor Tiago Bianchi, 42 anos, foi encontrado morto na casa onde morava. Colegas relataram que ele enfrentava depressão e tentava afastamento das salas de aula para tratar a doença. Mesmo passando por mais de uma vez por perícia no IMPCG, nunca conseguiu a licença.

O episódio foi estopim para que professores da Reme começassem a se manifestar sobre o cenário em que vivem. Eles alegam que estão sendo obrigados a retornar às salas de aula doentes e que a perícia feita pelo IMPCG, atestando a condição física e psicológica dos professores, é falha. Eles pedem por direitos ao afastamento para tratamento médico e readaptação adequada.

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