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Capital

Mortes por gripe causam pânico e população lota postos de saúde

Edivaldo Bitencourt e Alan Diógenes | 23/07/2014 15:50
Capital recebeu 20 mil doses extras e usuário tem enfrentado fila para receber a vacina (Foto: Marcelo Calazans)
Capital recebeu 20 mil doses extras e usuário tem enfrentado fila para receber a vacina (Foto: Marcelo Calazans)

As 18 mortes, causadas pela gripe A neste ano em Mato Grosso do Sul, causaram pânico e a população lotou os postos de saúde de Campo Grande em busca da vacinação. Até quem tinha medo da imunização superou o trauma e aproveitou o lote extra de 20 mil doses para se prevenir contra o vírus influenza.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, três tipos de vírus causaram a morte de 18 pessoas no Estado, sendo oito só em Campo Grande. A vacina imuniza contra os três tipos: vírus influenza B, H1N1 e H3N2.

A aposentada Joselina Pereira Gomes, 60 anos, faz parte do grupo de risco e ficou com medo de tomar a vacina em abril, quando a campanha ocorreu em todo o País. “Fiquei com medo”, confessou. No entanto, os óbitos a assustaram. Na tarde de hoje, ela contou que foi correndo para tomar a vacina. “É importante prevenir para não pegar gripe forte”, destacou.

“Fiquei com medo e preocupada após as mortes”, frisou a secretária Marina Morel Sanches, 54. Mesmo não estando no grupo de risco, ela já tinha ido várias vezes ao posto no início da campanha para tentar tomar a vacina, mas não conseguiu. Com a liberação para maiores de 40 anos a partir de hoje, ele voltou à Unidade Básica de Saúde do Bairro Coronel Antonino e conseguiu ser imunizada.

Corretor de imóveis foi tomar a vacina após ser avisado pela esposa (Foto: Marcelo Calazans)
Corretor de imóveis foi tomar a vacina após ser avisado pela esposa (Foto: Marcelo Calazans)
Avelina criticou a falta de critério nos investimentos feitos pelo Governo (Foto: Marcelo Calazans)
Avelina criticou a falta de critério nos investimentos feitos pelo Governo (Foto: Marcelo Calazans)

O corretor de imóveis Romildo Sanguina, 42, foi avisado pela esposa que já poderia tomar a vacina e não perdeu tempo. “É uma boa oportunidade para se prevenir”, disse.

Mas não faltou quem criticasse o Governo pela demora na imunização de todo mundo. “É uma falha no controle só liberar a vacinação para todos após as mortes”, criticou o representante comercial Sebastião Ferreira Gomes, 40. “É preciso ter morte para tomar providência”, questionou.

A dona de casa Angelina Domingos da Silva, 57, foi na mesma linha. “Deveriam liberar antes das mortes”, criticou. Faltando três anos para entrar no grupo de risco, ela contou que tentou se imunizar antes, mas foi barrada nos postos de saúde.

A diarista Avelina Ferreira dos Santos, 46, também criticou a restrição. “Tem tanto recurso sendo destinado para outras áreas, mas falta investimento em saúde e educação”, criticou.

Segundo a técnica de enfermagem da unidade, Jane Mota, desde o início da manhã, quando começou a aplicação da vacina, a procura foi intensa. Os usuários enfrentaram filas o dia todo. No início da tarde, a Secretaria Municipal de Saúde, segundo a funcionária, ligou avisando que qualquer pessoa pode tomar a vacina.
A Capital recebeu 20 mil das 30 mil doses extras enviadas ao Estado.

Sebastião Ferreira criticou a liberação da vacina após as mortes (Foto: Marcelo Calazans)
Sebastião Ferreira criticou a liberação da vacina após as mortes (Foto: Marcelo Calazans)
Joselina não tomou a vacina antes por medo, mas acha importante a prevenção (Foto: Marcelo Calazans)
Joselina não tomou a vacina antes por medo, mas acha importante a prevenção (Foto: Marcelo Calazans)
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