Motorista envolvido em acidente que matou pai e filho não tem CNH
Desfecho do caso trágico fica condicionado aos laudos periciais do veículo e local
Envolvido em acidente de trânsito que matou pai e filho na Avenida Cônsul Assaf Trad, ocorrido no fim da tarde de sexta-feira (dia 6), gesseiro de 29 anos, não tinha CNH (Carteira Nacional de Habilitação). O futuro do caso depende de análises da perícia, que vai buscar quem provocou o acidente fatal.
De acordo com o delegado Wilton Vilas Boas, titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, se os laudos apontarem para homicídio no trânsito (sem intenção de matar), o autor terá aumento de pena por dirigir sem CNH e pela omissão de socorro, pois fugiu do local do acidente. Contudo, o caso também pode ser enquadrado em homicídio doloso, quando se assume o risco do resultado morte.
Desta forma, o desfecho fica condicionado aos laudos periciais do veículo e local. Um dos dados que deve ser informado, é a velocidade do Fox conduzido pelo gesseiro. Outra dúvida é sobre a procedência da versão dele, que relatou ter sido interceptado pela motocicleta, onde estavam Joel dos Santos Lopes, de 38 anos, e o pai Anador Lopes, de 72 anos. Os dois morreram no local.
Com o impacto, o capacete de uma das vítimas chegou a parar a cerca de 30 metros dos corpos e a moto foi ainda mais longe: 60 metros. O motorista do Fox se apresentou na tarde de ontem à Polícia Civil e não teve o nome divulgado.
O gesseiro disse que deixou o local sem prestar socorro, porque recebeu ameaças e negou que disputava racha com outro veículo. O Fox preto foi apreendido no sábado (dia 7), escondido em garagem de casa no Jardim Anache, saída para Cuiabá.
A família de Joel e Anador não se conforma. Sobrinha e prima das vítimas, Gilma Faustino falou sobre a tragédia em vídeo publicado nas redes sociais. “Mataram, assassinaram, não foi acidente. Eles mataram dois pais de família”.