MPE é contra anular júri que condenou rapazes que mataram prostituta
Fernando Pereira Verone e Leonardo Leite Cardoso querem anular julgamento. Se a Justiça acatar, novo júri será realizado
O MPE (Ministério Público Estadual) é contra anulação dos júris que condenaram Fernando Pereira Verone e Leonardo Leite Cardoso à prisão. O pedido foi feito pela defesa deles ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Fernando e Leonardo foram condenados pela morte da garota de programa Claudinéia Cardoso, no dia 9 de maio de 2009, em um matagal atrás do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
A defesa deles quer anular os júris. O procurador Luís Alberto Safraider deu parecer contrário ao pedido. Agora, a decisão cabe à Segunda Turma Criminal.
Fernando foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão em regime fechado e Leonardo a 20 anos e seis meses no mesmo regime. Apesar de a Justiça ter determinado cadeia para eles, ambos estão amparados por habeas corpus e por isso estão soltos.
A pena é resultado do entendimento do Conselho de Sentença. Os jurados entenderam que os dois são os responsáveis pela morte de Claudinéia, cujo corpo foi encontrado em um matagal nas proximidades do Aeroporto Internacional de Campo Grande, mesmo local onde ela foi morta a pedradas.
Hugo Pereira da Silva, que estava junto com Fernando, Leonardo e Claudinéia, foi absolvido. Ele viu as agressões, não fez nada para impedir nem avisou à Polícia.
O crime- Os três jovens - amigos à época -, estavam no carro do pai de Fernando e decidiram que iriam abordar uma garota de programa. Conversaram então com Claudinéia e uma amiga dela.
As duas entraram no veículo, mas, a amiga da vítima, percebeu a situação de perigo e pulo do veículo em movimento. Já Claudinéia seguiu com os jovens e foi morta a pedradas.
Os envolvidos foram presos cerca de um mês depois. Hugo foi o primeiro a sair da prisão e os demais foram soltos no fim do ano passado.