MPMS investiga declarações de apoio a Hitler feita por secretário municipal
Polêmica surgiu após o vazamento do áudio de uma reunião, em que Anderson Gonzaga elogia o líder nazista
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) confirmou, nesta quinta-feira (7), que foi instaurada uma Notícia Fato para apurar as declarações de apoio a Adolf Hitler, feitas pelo secretário municipal de Segurança de Campo Grande, Anderson Gonzaga da Silva Assis.
RESUMO
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul instaurou uma investigação sobre declarações do secretário municipal de Segurança de Campo Grande, Anderson Gonzaga da Silva Assis, que expressou apoio a Adolf Hitler, elogiando sua inteligência estratégica e a potência da Alemanha sob seu regime. A declaração, feita durante uma reunião, gerou polêmica e foi considerada inapropriada, levando o secretário a pedir desculpas por seu "comentário infeliz". A apuração será conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial, em colaboração com a Controladoria-Geral do Município, que assegurou a imparcialidade do processo.
Segundo o órgão, a apuração será feita pelo GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), que está em contato direto com a chefia do Poder Executivo.
É importante lembrar que a Controladoria-Geral do Município disse, em nota enviada ao Campo Grande News, que esclareceu que fatos “respeitando o devido processo e garantindo a imparcialidade da análise”.
O SINDGM (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande) também se manifestou, em nota pública, dizendo que há divergência na história com a exposição do titular da pasta de forma "injusta".
Polêmica - O áudio foi divulgado em reportagem na terça-feira (5), ele é de uma reunião realizada no primeiro semestre e, na época, os servidores montaram acampamento no canteiro em frente ao Paço Municipal em protesto à falta de reajuste salarial e ao não pagamento de adicional de insalubridade.
"Fizeram até videozinho do Hitler. Eu até admiro Hitler, porque ele era um cara inteligente. A Alemanha é a potência que é hoje graças ao Hitler. Estrategista, um cara inteligente. Foi ditador, sim. Tinha as ideologias dele e conquistou o que conquistou graças à inteligência dele. Então só colocar na Netflix lá, na Segunda Guerra Mundial, como ele conquistou e fizeram um videozinho eu queria ser. Mas me dói porque eu queria ser um terço daquilo. Principalmente com esse grupamento aqui".
Embora Anderson tenha se referido à inteligência estratégica de Hitler em sua fala, fica claro o tom elogioso e admiração pelo ditador. Ao declarar que "queria ser um terço daquilo" que Hitler alcançou, o secretário parece ter feito uma analogia que muitos consideraram inapropriada e perigosamente positiva em relação a um dos regimes mais opressivos e violentos da história moderna.
O secretário foi procurado pela reportagem, e em nota, ele se defendeu. Admitiu que errou e pediu desculpas pelo "comentário infeliz" que fez na ocasião. (Ouça o áudio abaixo).
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