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Capital

Multidão se reúne em parque, aplaude sol e criançada ganha aula de astronomia

Para não perder chance de ver eclipse, muita gente confeccionou os próprios óculos especiais

Por Anahi Zurutuza e Natália Olliver | 14/10/2023 16:52
Lorenzo Miguel, de 6 anos, adorou ser testemunha do show no céu (Foto: Marcos Maluf)
Lorenzo Miguel, de 6 anos, adorou ser testemunha do show no céu (Foto: Marcos Maluf)

A expectativa de conseguir avistar o Grande Eclipse das Américas era tão grande que antes das 15h, uma multidão já estava reunida em frente ao Museu das Culturas Dom Bosco, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Mas foi por pouco que a galera não voltou frustrada para casa. Uma nuvem grande “empacou” sobre a Capital até que às 15h47, bem no horário que o fenômeno estelar estava no auge, o céu se abriu. Foi inevitável. Todo mundo aplaudiu o Sol, que estava quase pela metade encoberto pela Lua.

Muita gente havia confeccionado os próprios óculos com lentes especiais, como recomendado por oftalmologistas, mas 12 integrantes do Clube de Astronomia Carl Sagan, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, também distribuíam óculos. Para a criançada, aula gratuita do professor Hamilton Corrêa, do Instituto de Física de UFMS.

Parcialmente encoberto, sol ficou parecendo a Lua crescente às 15h47 (Foto: Marcos Maluf)
Parcialmente encoberto, sol ficou parecendo a Lua crescente às 15h47 (Foto: Marcos Maluf)

Ele explica que eclipses solares nem são fenômenos raros. O difícil é ter a oportunidade calcular dia, hora e ter uma boa posição para conseguir observá-los. “São em média dois eclipses anuais. O que acontece é que tem que ocorrer a coincidência da posição da superfície da terra estar no momento correto da localização pra você poder observar. É a sombra da Lua que gera o eclipse. Então, se o eclipse tiver acontecendo, por exemplo, no Hemisfério Norte, é porque a sombra da Lua está sendo projetada naquele ano no Norte. Desta vez, a sombra está projetada basicamente sobre o Brasil. A última vez que isso aconteceu, se não me engano, foi em 2019”.

Ana Paula Abud, 49, levou a filha Luiza Abud, de 9 anos, assistir pela primeira vez o espetáculo no céu. A mãe conta que teve medo de frustrar a garotinha, que não se aguentava de tanta ansiedade. “A gente já tinha perdido a esperança”.

A menina, contudo, se surpreendeu com o momento que as nuvens se abriram, como cortinas em um teatro. “Foi muito, muito legal!”.

Criançada recebeu explicações do professor de Física, Hamilton Corrêa (Foto: Marcos Maluf)
Criançada recebeu explicações do professor de Física, Hamilton Corrêa (Foto: Marcos Maluf)

Thainara de Pinho Egues, 30, teve a primeira experiência de assistir ao fenômeno ao lado do filho. “Ele estava muito animado. Que legal, diferente. Eu também nunca tinha visto, é a primeira vez”.

Lorenzo Miguel, de 6 anos, fez considerações: “parecia a Lua”. De fato. A expectativa da astronomia era que da Capital, o eclipse fosse parcial, com 46% do Sol encoberto.

O engenheiro de produção, Felipe MacGregor Vera, 24, improvisou óculos usando uma lente especial e uma caixa de sapato, também para admirar o fenômeno. “A lente é mais forte do que de um óculos de sol, para não agredir o olho. É uma lente específica para a solda, ela tem mais proteção solar. Aí a gente coloca essa caixa só para uma proteção extra”.

Evento reuniu multidão em frente ao Museu das Culturas Dom Bosco (Foto: Marcos Maluf)
Evento reuniu multidão em frente ao Museu das Culturas Dom Bosco (Foto: Marcos Maluf)
Quando eclipse começou a se formar, às 14h25 (Foto: Marcos Maluf)
Quando eclipse começou a se formar, às 14h25 (Foto: Marcos Maluf)

O eclipse - Para Campo Grande, a previsão dos astrônomos era que o eclipse durasse 2 horas e 26 minutos, com início às 14h25, cobertura máxima às 15h43 e término às 16h51. O evento rendeu cliques e mais cliques por aí.

Segundo o Observatório Nacional, o fenômeno acontece quando a Lua está em seu apogeu (o ponto mais distante da Terra, em sua órbita). Nesse período, o satélite natural parece menor do que o Sol no céu.

O evento espacial recebe este nome por ser visível de forma completa em países do continente americano, como os Estados Unidos, México, Belize, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá e Colômbia.

Eclipse em Três Lagoas em foto feita através da lente para máscara de soldador nº 12, de cor verde (Foto: Wilmar Carrilho/Divulgação)
Eclipse em Três Lagoas em foto feita através da lente para máscara de soldador nº 12, de cor verde (Foto: Wilmar Carrilho/Divulgação)


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