Na Capital, volta às aulas teve 15 multas para pais só em uma escola
Flagras do BPTRan foram de fila dupla, falta de cinto de segurança e uso do celular
A volta às aulas da rede estadual nesta quarta-feira (dia 19) marcou também o retorno de infrações de trânsito no entorno das escolas em Campo Grande. Somente em frente ao colégio Joaquim Murtinho, na Avenida Afonso Pena, foram 15 pais multados.
Com auxílio de drone, as principais infrações flagradas pelo BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito) foram falta de cinto de segurança, uso do celular, parar em cima da faixa de pedestres, além da tradicional fila dupla.
Já longe de drone ou policiais, a saída dos alunos na escola estadual Hércules Maymone, na rua Joaquim Murtinho, foi marcada por muita confusão no trânsito, sinfonia de buzinas a título de reclamação e condutores estacionados na via, em desrespeito à faixa amarela.
Por volta das 11h, a reportagem observou cinco carros parados na rua e com pisca-alerta ligado. Vinte minutos depois, na hora da saída dos estudantes, o número de condutores cometendo infração de trânsito já tinha dobrado.
A escola Hércule Maymone fica localizada em frente a uma lombada eletrônica, onde há estreitamento da pista. No local, a calçada tem meio-fio amarelo, indicando que é proibido estacionar para que as duas faixas fiquem livre à passagem dos veículos. Mas os condutores insistem em estacionar.
Stephany Bittar, 21 anos, disse que foi até ao colégio para buscar uma parente. Sem conseguir contato por celular, deixou o carro com pisca-alerta ligado e foi procurar a menina dentro da escola.
Também com o carro parado na faixa amarela, o instrutor de trânsito Edmilson Montil, 39 anos, foi ao local buscar o filho. “O problema é que a escola não se preparou para voltar às aulas e não foi passado nenhum tipo de instrução para os pais”, diz.
Para tentar reduzir o tempo de infração, a estratégia era enviar mensagem para o celular dos alunos. “Já mandei mensagem para o meu sobrinho”, afirma Clayton Vieira, 33 anos, também com o carro parado na faixa amarela.
Motorista de aplicativo, Gabriel Portugal, 23 anos, foi ao local buscar uma passageira. “Vou dar mais cinco minutos, dar uma volta. Se não der certo, vou cancelar”, diz o condutor. No entorno do colégio, a Rua Joaquim Murtinho fica entre duas rotatórias: com a Ceará e a Eduardo Elias Zahran. A confusão no trânsito só não é maior porque a maioria dos alunos utiliza o transporte urbano, disponível no terminal de ônibus em frente à escola.